Filha das Trevas - Saga da Conquistadora, 1 - Kiersten White

8 de abril de 2019

Título: Filha das Trevas - Saga da Conquistadora, 1
Autor: Kiersten White
Páginas: 472
Ano: 2017
Editora: Plataforma21
Gênero: Fantasia, Ficção
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Lada Dragwlya e o irmão mais novo, Radu, foram arrancados de seu lar em Valáquia e abandonados pelo pai – o famigerado Vlad Dracul – para crescer na corte otomana. Desde então, Lada aprendeu que a chave para a sobrevivência é não seguir as regras. E, com uma espada invisível ameaçando os irmãos a cada passo, eles são obrigados a agir como peças de um jogo: a mesma linhagem que os torna nobres também os torna alvo.

Lada despreza os otomanos. Em silêncio, planeja o retorno a Valáquia para reclamar aquilo que é seu. Radu, por outro lado, quer apenas se sentir seguro, seja onde for. E quando eles conhecem Mehmed, o audacioso e solitário filho do sultão, Radu acredita ter encontrado uma amizade verdadeira – e Lada vislumbra alguém que, por fim, parece merecedor de sua devoção.

Mas Mehmed é herdeiro do mesmo império contra o qual Lada jurou vingança – e que Radu tomou como lar. Juntos, Lada, Radu e Mehmed formam um tóxico e inebriante triângulo que tensiona ao limite os laços do amor e da lealdade.

Sombrio e devastador, este é o primeiro livro da mais nova série de Kiersten White. Cabeças vão rolar, corpos serão empalados… e corações serão partidos.

Resenha: Tinha um tempão que eu queria ler esse livro. Como já sabe quem me conhece, as capas me conquistam mais do que qualquer outra coisa e eu acho a capa desse livro linda! Então, comecei a ler sem sequer ter lido jamais, a sinopse ou alguma resenha.

Bom, certamente você já ouviu falar de Vlad o empalador Monarca e Príncipe da Valáquia (vovoida) lá por 1450. Pois ele e seu filho mais velho foram mortos por John Hunyadi, governador regente da Hungria. A história conta que o Drácula é baseado nesse Vlad que era homem e muito cruel - só pela palavra "empalador" acima já se imagina né. Pois bem, tirando a liberdade poética da autora da equação, no meu entender, Lada é nada mais nada menos do que o Vlad! Uma inovação bem ousada da autora, que deu certo!

E não foi que eu me surpreendi? Primeiro porque até nem sei bem o que eu esperava, uma distopia talvez? Mas não esperava dar de cara com Valáquia por exemplo, Otomanos, jogos políticos e muita frieza. Pois foi o que eu vi! E o mais importante, eu jamais esperava essa distorção histórica! A surpresa nesse quesito foi boa, ouso dizer...

Lada e o irmão, Radu, desde muito cedo aprenderam que o amor não existe (pelo menos na vida deles). Com uma mãe jovem, submissa e fraca, só conheceram o carinho de sua ama, mãe de Bogdan e talvez o único amigo na vida de Lada por um longo tempo.

Em um reino onde as mulheres não servem nem para enfeite e que delas, só espera procriação, Lada se sobressai. Ela não é uma menina normal. É cruel, fria e determinada. Bem ao contrário do seu irmão que é delicado e está sempre precisando de ajuda. Principalmente em um lugar onde o pai os despreza, o irmão mais velho e então, herdeiro do trono os odeia e a mãe os abandonou, os irmão precisam se unir para se defender. Mas não é o que acontece. Durante boa parte da leitura o que vemos é uma competição e um ódio disfarçado de amor. Uma inveja escondida atrás dos atos.
“Enquanto Lada era como a grama resistente que crescia em meio às frestas de uma superfície seca e rochosa, Radu era como uma flor delicada que só desabrochava em condições absolutamente perfeitas.”
O pai deles, num acordo para não perder o reino, deixa os filhos para trás, no reino inimigo. Faz parte do acordo que ele não lute contra o reino, caso contrário, seus filhos morrerão por vingança. O tempo passa e eles conhecem Mehmed, filho do sultão otomano, que Lada odeia. O tempo passa ainda mais, o pai dos meninos descumpre o acordo e condena os filhos, que agora, pelo menos são amigos de Mehmed e estão sob sua proteção.

Radu se converte, mas Lada continua querendo voltar para Valáquia. Só que junto à isso, sua amizade com o filho do sultão só aumenta e eles acabam se envolvendo, sem perceberem porém que Radu também está apaixonado pelo cara.
“Aquele não era o comportamento que Lada esperava de Vlad Dracul. De seu pai. De um dragão. Um dragão não rastejava diante dos inimigos, implorando ajuda.Um dragão não receberia os infiéis em sua própria casa depois de jurar exterminá-los. Um dragão não fugiria de seus domínios no meio da noite como um criminosos qualquer. Um dragão queimaria tudo ao seu redor até não restasse nada além de cinzas qualquer.”
Ainda por trás disso tudo a disputa pelo poder só cresce. Mehmed será o próximo sultão o que faz com que ele vire um alvo e num reino em que as mulheres para nada servem, Lada vai se fazer ser vista quando salva, mais de uma vez, a vida do seu amado. O que causa uma grande inveja em Radu porque ele queria ser capaz de salvar Mehmed também. Só que o que ninguém percebe é que enquanto Lada tem a força e a coragem, Radu tem e esperteza e a estratégia e o jogo político e as tramas de um provável triângulo amoroso só aumentam. E se for levar em conta que os otomanos têm um Harém com quantas esposas ou concubinas quiserem, e têm filhos, e na Valáquia não é assim, veremos que nada jamais será fácil para nenhum deles, já que Mehmed encara isso de forma tão natural quanto respirar.

Enfim... de verdade, ainda não entendi meus sentimentos em relação à esse livro. Assim como ainda não decidi se lerei os próximos. Eu não sei se não gostei de fato, se fui surpreendida pela trama maquiavélica que eu não esperava ou se essa inveja por parte de duas pessoas que amam uma mesma me incomodou. Veja bem ciúmes são normais né? Mas sei lá, aquela inveja velada entre os irmãos, sei lá, não gostei.
“- Dragwlya não – ela corrigiu. – Lada Dracul. Não sou mais a filha do dragão. – Ela ergueu o queixo, com os olhos voltados para o horizonte. – Eu sou o dragão.”
A leitura é surpreendentemente fácil, achei que não seria, pelos nomes, termos e países, mas isso não a torna difícil nem chata, é só diferente!

Como sempre, mesmo eu não tendo me agradado cem por cento, eu recomendo. Leia e tire suas conclusões e depois me conte o que achou...ainda preciso me decidir quanto aos próximos...

9 comentários

  1. Essa capa é mesmo linda Denise, mas sinceramente não sei se me atrai essa competição invejosa entre irmão nesse triângulo amoroso um tanto quanto incomum. Eu não gosto de triângulos amorosos. No entanto, é uma história criativa eu diria, diferente como você bem disse e talvez no futuro eu mude de ideia quanto a colocar essa leitura na lista de desejados. Pode ser que quando os próximos forem lançados eu pegue informações que me despertem mais interesse ;)

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  2. Nem tinha visto muito desse livro, só de capa mesmo que chamou atenção mas não cheguei a conhecer a história. Que louco isso da distorção de uma coisa que a gente já conhece. Adoro quando fazem uma releitura de algo assim. E a garota parece se sobressair ao jeito do lugar, aqueles costumes opressivos e essas coisas. A competição da história, o lado politico e as intrigas chama atenção também. Parece legal. Acho que iria gostar se lesse esses benditos então.

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  3. Você me convenceu a ler esse livro durante as conversas no grupo. Eu particularmente gosto quando os autores usam a liberdade poética para alterar acontecimentos históricos, tornando então algo novo. Acredito que vai ser uma leitura surpreende. Só estou me preparando para essa disputa entre irmãos que eu normalmente não sou fã!
    Esta na lista infindável 💚

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  4. Olá! Deu para perceber que a história é bem complexa e cheia de reviravoltas, além é claro de um triângulo amoroso bem peculiar, o que juntos, torna tudo ou muito interessante ou afasta de vez o leitor (eita lê lê). Confesso que ainda não me decidi em qual time ficarei (risos). A capa realmente é linda e chama a atenção, acho que vou esperar para saber mais sobre os outros livros e a continuação da história.

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  5. Olá Denise!
    Eu não conhecia a série. Achei a capa linda também e a trama bem original. Eu fico pasma quando os autores fazem triângulos amorosos com irmãos no meio. Isso gera muita tensão na trama e fomenta a nossa imaginação. A história tem uma pegada meio árabe que eu acho bacana e numa cultura que mulheres são considerada meros acessórios descartáveis já vi que Lada vai dar trabalho.
    Beijos

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  6. Denise!
    Não tive oportunidade de ler os livros anteriores, mas já ouvi falar do Vlad e da vovoida, e apesar de gostar de livros tensos, não gosto muito desses sentimentos intensos, principalmente entre irmãos. Ciúmes é uma coisa, mas esse poder de levar tudo para o lado da vingança, não me atrai muito não.
    cheirinhos
    Rudy

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  7. Já dá pra perceber que vai ter um irmão puxando o tapete do outro para conquistar o amado. Por mais que esse tipo de inveja não agrade, é um bom mote para o livro.
    Também gosto de ver bem as capas. Já comprei livros só por causa da capa e, felizmente sempre gostei dos livros.
    Quero muito poder iniciar essa série.

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  8. Adoro romances com fundo histórico, sempre temos algo a aprender. Definir sentimentos em relação a livro as vezes é complicado. Eu quero ler esse livro para tirar minhas próprias conclusões, mas creio que as minhas conclusões não serão diferentes.

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  9. Oi, Denise
    Adorei a capa!
    Gosto quando o enredo tem um fundo histórico, mas quanto ao triangulo amoroso que envolve os irmãos já não curti muito. Brigar pelo mesmo homem. Tirando isso quero ler o livro.
    Espero que você opte por continuar a ler os próximos livros.
    Beijos

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