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O Último Elo Mortal - As Crônicas do Trono de Pedra Bruta, 3 - Brian Staveley

2 de julho de 2021

Título:
 O Último Elo Mortal - As Crônicas do Trono de Pedra Bruta, 3
Autor: Brian Staveley
Páginas: 736
Ano: 2019
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia 
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: O Império Annuriano está perdendo uma guerra em duas frentes – e não está claro quem o comanda. Adare, no coração da tempestade, reivindica para si o título de imperador. No entanto, ela não pode conter os implacáveis urghuls sem apoio. A profetisa de Intarra, atormentada pelo que fez ao irmão Valyn, precisa de seu brilhante general, Ran il Tornja, mas a lâmina da traição paira rente e afiada sobre sua pele. Além disso, é praticamente impossível se antecipar às hábeis estratégias do milenar comandante, agora desmascarado como assassino do pai dela e remanescente de uma raça antiga, que tentou há muito destruir a humanidade. Gwenna, Talal e Annick, os kettral remanescentes, precisam lidar com um desafio letal: voltar às Ilhas Qirins, onde foram treinados, e expurgar de lá um terrível mal que se instalou e está ceifando vidas. Kaden, verdadeiro herdeiro do Trono de Pedra Bruta, enxerga na república uma maneira de salvar seu povo dividido. Mas ele enfrenta algo mais terrível do que a guerra ou mesmo il Tornja: deuses caprichosos caminham pela terra dentro de corpos humanos e precisam ser libertados antes que alguém mate seus hospedeiros – ou aquilo que se conhece como humanidade deixará de existir.

Resenha:

Poderia ser muito melhor! 

Para ler as resenhas anteriores, clique nas imagens abaixo:



*Esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores*

Nesse desfecho teoricamente eletrizante das Crônicas do Trono de Pedra Bruta, Adare, agora a imperadora de Annur, se vê sem outra opção a não ser se aliar com Ran Il Tornja para impedir que os urghuls invadam a capital. Porém, o comandante (e assassino do seu pai) se mostra completamente imprevisível, além de estar envolvido com um plano secular para acabar com a humanidade. 

Do outro lado do império, os amigos de Valyn, que agora são kettrals renegados, precisam voltar às Ilhas Qirins para destronar um líder que se intitulou dono do pedaço.

Quanto a Kaden, o herdeiro do trono, as decisão de transformar o império Annuriano em uma república pesa para salvar a todos, ao mesmo tempo que deuses dentro de hospedeiros humanos precisam ser libertados antes que sejam mortos nas mãos do inimigo. 

*Fim dos spoilers*

Considerando os acontecimentos chocantes do livro anterior, em especial no que se refere ao arco de Triste (que foi imensamente desperdiçada aqui), as minhas expectativas para O Último Elo Mortal eram MUITO altas, mas eu simplesmente não sei o que aconteceu com o autor, pois o final deixou bastante a desejar.

"O sangue ainda corria dos cortes em seu rosto e couro cabeludo quando Adare irrompeu pelas portas da câmara do conselho. Pelo menos, a intenção dela era irromper."

O grande problema aqui reside na decisões completamente infundadas dos protagonistas. Adare, que foi a minha personagem favorita nos volumes anteriores, está muito instável, e confesso que achei a protagonista muito irritante. 

"Eles haviam encontrado uma maneira, quando criaram os Atmani, de manter os feiticeiros humanos vivos por um tempo muito longo. Vivo, no entanto, não era o mesmo que jovem."

Tudo bem que considerando toda a situação com Ran Il Tornja era até compreensivo que ela desconfiasse de tudo e todos, mas o fato de Adare ficar duvidando do próprio irmão (Kaden super sensato) me deixou sem paciência durante boa parte do livro. 

"Embora o mundo permanecesse implacavelmente escuro para os olhos cheios de cicatrizes de Valyn, ele podia sentir o vento frio, afiado sobre a pedra da montanha e brilhante como o gelo."

Já o plot de Kaden com Triste foi algo que funcionou muito bem, embora, como eu já mencionei, o interesse amoroso do herdeiro pudesse ter um desenvolvimento bem mais aprofundado. Gostei da jornada dos dois personagens, sem contar que Staveley conseguiu inserir mais ambientações para expandir do que já tínhamos visto do império annuriano. 

"Um bom ladrão, ela sempre acreditou, seria discreto, esquecível, sem graça como um muro de pedra, uma criatura de dedos rápidos e roupas velhas."

Outro ponto positivo foi o grande protagonismo de Gwena, que praticamente tomou o lugar de Valyn depois das cenas finais do segundo volume. A kettral teve uma construção bem gradual ao longo da trilogia, e quando chegamos no terceiro livro só queremos abraçar essa guerreira destemida.  

"Kaden podia se lembrar perfeitamente do seu primeiro encontro com Triste. Seus olhos eram nítidos e claros, brilhantes como as flores da selva abrindo-se ao sol ao redor dele agora."

Mas gente, e o que dizer da "batalha final" envolvendo Ran Il Tornja e os outros deuses? Um show de conveniências, e houve tantas inconsistências que em algumas cenas eu simplesmente não entendia o que estava acontecendo. O vilão da história, que era super poderoso, é derrotado de uma forma bem boba que eu tive que ler duas vezes para confirmar se era só aquilo mesmo.

"O som trouxe de volta a lembrança da visão: da corrente do rio quebrando-se contra pedras de tamanho de casas no leito rochoso, jogando o borrifo da água a quinze metros de altura."

Devo dizer, contudo, que mesmo o terceiro volume sendo fraco se comparado aos seus irmãos, a trilogia continua sendo uma excelente fantasia, que com certeza deve satisfazer quem procura algo original. Dessa forma, O Último Elo Mortal prova que nem sempre o que começa bom termina bom, mas o importante é aproveitar os pontos positivos, que são muitos.

Até a próxima resenha! 

A Providência do Fogo - As Crônicas do Trono de Pedra Bruta, 2 - Brian Staveley

9 de maio de 2021

Título:
 A Providência do Fogo 
Autor: Brian Staveley
Páginas: 640
Ano: 2017
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:   
Sinopse: A temível conspiração para destruir a família que governa o Império Annuriano está longe de terminar. Após descobrir a identidade do assassino de seu pai, Adare foge do Palácio da Alvorada em busca de improváveis aliados para confrontar o golpe contra sua família. A jovem, porém, criada em meio a confortos palacianos, parece completamente despreparada para os implacáveis perigos à espreita. E como esconder de todos seus olhos tocados pelo fogo, imediatamente reconhecíveis? Enquanto isso, Valyn e sua facção, agora membros renegados da maior elite de combate do Império, recebem a missão de escoltar o imperador Kaden até os kenta, os misteriosos portões que conduzem a qualquer parte de Annur. Em seu encalço, uma facção kettral – não uma qualquer, mas a melhor de todas – destinada a caçá-los. Em seu caminho, os urghuls, hordas bárbaras que vivem nas fronteiras do Império e cujas hediondas histórias de sacrifício ao deus da Dor são dignas de provocar os pesadelos mais assustadores. Contudo, há presságios de intrigas e traições ocultas que prometem ser ainda piores. Mantendo o ritmo alucinante e imaginação única que conquistaram uma legião de leitores com O imperador das lâminas, Brian Staveley nos providencia uma sequência tão intensa e vigorosa quanto o fogo.


Resenha:

Uma sequência eletrizante. 

Para ler a resenha do primeiro livro, clica na imagem abaixo:


*Esta resenha pode conter spoilers do livro anterior*

Após descobrir que Ran Il Torn-ja estava por trás da conspiração que levou à morte de seu pai, Adare, completamente perdida, decide deixar a capital do império Annuriano em busca de possíveis aliados para impedir a ascensão do traidor.

Muito longe de Annur, Valyn e sua facção são convocados para levar o recém nomeado imperador Kaden até os portões kenta. Porém, essa missão está fadada ao fracasso à medida que vários inimigos estão à procura do grupo, entre eles a elite kettral e urghuls adoradores de Meshkent, o deus da Dor. 

*Fim dos spoilers*

Lendo A Providência do Fogo, fiquei ainda mais intrigado com o fato de essa trilogia, que entrega absolutamente TUDO, ser tão desconhecida na blogsfera. Pois seguindo os passos do primeiro livro, aqui temos uma continuação ambiciosa e que só prova o talento do autor para escrever fantasia. 

"O estômago de Adare torceu-se. Ela não queria nada mais do que se encolher de volta pelo alçapão para o relativo silêncio e segurança abaixo dela."

O núcleo dividido entre os três protagonistas continua funcionando bem nesta sequência, porém percebe-se que Adare, Kaden e Valyn amadureceram bastante, o que naturalmente já era esperado depois de todas as mudanças que se seguiram com a morte do imperador do império annuriano.

"No vazio do vaniate ele registrou as impressões, uma após a outra, mas não sentiu medo algum, surpresa alguma. Esses eram fatos, nada mais, detalhes do mundo a serem observados, computados."

Adare, apesar de mais uma vez estar inserida na parte política do livro, é a grande estrela e consegue roubar toda a cena para si. Gostei de ver como a personagem se mostrou inteligente em determinadas situações e conseguiu se safar de destinos bastante, digamos, mortais. 

"O ar era espesso, com a fumaça e as ondulações causadas pelo calor das chamas ainda vivas, mas, se ele podia vê-los, eles também podiam ver Kaden, e um por um, eles o viram."

Aliás, houve um aprofundamento bastante perceptível em relação ao aspecto religioso do universo. Se em O Imperador das Lâminas Brian introduziu os deuses de modo geral, aqui o foco acaba ficando para a deusa da Luz (Intarra) e o deus da Dor (Meshkent), numa narrativa repleta de segredos, reviravoltas e traições que fazem as mais de seiscentas páginas valerem a pena. 

"Eu conheço uma saída. Na longa escuridão indiferenciada da prisão, Kaden revolvia as palavras na mente, ouvindo-as como se fossem um leve toque de música no silêncio, estudando-as como ele faria com um raio de luz na sombra sem fim."

Kaden e Valyn, apesar de não possuírem o mesmo carisma de Adare, também ganharam arcos relevantes. Após o grande encontro entre os irmãos, fica claro a necessidade de um plano para colocar o legítimo herdeiro no trono, porém sabemos que o cão é muito articulado e muita coisa acontece para impedir essa missão. 

"Independentemente da fúria que a consumira, o poder que havia acabado com a vida de cem ou cento e vinte annurianos, era claro que ela, tanto quanto qualquer outro, não entendia o que tinha acontecido."

Quanto ao final, Staveley recorre mais uma vez ao mesmo artifício que foi usado no volume anterior, com situações imprevisíveis que nos deixam sem fôlego. Esperto, o autor conseguiu responder algumas perguntas mas deixou muitas outras em aberto, e lógico que fiquei ansioso para conferir o terceiro volume. 

"Os soldados que haviam marchado até ali para lutar e morrer sob seu comando mereciam uma imperatriz que fizesse um esforço para entender o que ela havia pedido deles."

E a conclusão que fica é a de que as pessoas PRECISAM descobrir esses livros. Mais uma vez, As Crônicas do Trono de Pedra Bruta prova ser uma saga épica que consegue ir além nesta sequência, cujos desfechos nos deixam muito empolgados para ver o que mais Brian Staveley tem a oferecer.

Até mais! 

O Imperador das Lâminas - As Crônicas do Trono de Terra Bruta, 1 - Brian Staveley

5 de maio de 2021

Título:
 O Imperador das Lâminas 
Autor: Brian Staveley 
Páginas: 544
Ano: 2015
Editora: Novo Século 
Gênero: Fantasia, Aventura 
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: O Império Annuriano está em crise. O Imperador foi misteriosamente assassinado, e o trono, assim como seus herdeiros, se encontra ameaçado por uma conspiração. Kaden, herdeiro do trono, prossegue com sua vida de estudos num austero e rígido mosteiro. Ele testa os limites de seu corpo e de sua mente a cada castigo, a cada teste. O alcance do Vazio só é possível quando o abandono da dor se vai. Adare, ministra das Finanças, está num covil, silenciosa como uma estátua; tem entre seus pares um assassino, um traidor sorrateiro que sangrou o bem mais precioso de sua vida: seu pai, o Imperador. Valyn é um kettral, mercenário de um exército que habita uma ilha remota e possui um código de honra implacável. Treinado para matar sem hesitar, rápido e brutal como a lâmina que carrega em sua cintura, deve sobreviver ao mortal Julgamento de Hull. Esses três irmãos, ainda que distantes uns dos outros, precisam unir forças para resgatar o Império e livrá-lo daqueles que o traíram. Num lugar em que o tempo nem pensava em existir, há segredos mitológicos ocultos, que podem mudar o destino de todos. Asas e espadas te levarão ao campo de batalha

Resenha:

Fantasia de alto nível! 

Após a morte completamente inesperada do Imperador de Annur, os herdeiros do milenar Império Annuriano começam a descobrir segredos que revelam conspirações, guerras iminentes e forças sobrenaturais. 

Kaden, primogênito e herdeiro do Trono de Pedra Bruta, começa a questionar sua presença no mosteiro real, onde passa por várias tarefas diárias para alcançar o vaniate.  No coração do império Annuriano, Adare se sente ameaçada pela morte do pai e. sem alternativas, tenta acalmar os súditos do rei ao mesmo tempo que começa uma investigação para saber quem matou o imperador. E completamente distante da civilização, Valyn, o filho mais novo, começa os preparativos para passar pelo Julgamento de Hull e se tornar oficialmente um kettral

"Os olhos, no entanto, eram de soldado. Durante os últimos oito anos, ela passara pelo mesmo treinamento que Valyn; a formação fora a mesma de todos os cadetes no convés do barco condenado. Os Kettral havia muito tempo endureceram sua alma para a visão da morte."

QUE. LIVRO. BOM. Leitores que leem muita fantasia possuem dificuldade em comprar uma nova série do gênero, pois é difícil encontrar uma trama original que consiga equilibrar um vasto worldbuiding com personagens bem construídos. Mas em O Imperador das Lâminas, primeiro volume da trilogia As Crônicas do Trono de Terra Bruta, Brian Staveley entregue TUDO que a gente pede. A começar com a caracterização fenomenal do império Annuriano. 

"Apesar de Adare ser dois anos mais velha, apesar da tutela cuidadosa de seu pai, apesar de sua familiaridade com as políticas e os assuntos políticos do Império Annuriano, Adare nunca se sentaria no Trono de Pedra Bruta."

Temos um universo riquíssimo, com várias ambientações que se complementam para contar a história desse mundo. Além disso, a parte mitológica vai crescendo a cada capítulo, o que nos permite encaixar as peças do quebra cabeça. Com pontos de vistas para cada um dos irmãos, o que não falta é espaço para conhecer os herdeiros de Annur. 

"A Guarda Aedoliana deveria ter mantido seu pai em segurança, mas a Guarda não podia estar em todo lugar, não podia defendê-lo contra todas as ameaças."

Cada um deles possui falhas, medos e qualidades, mas percebemos que o fidelidade para com o reino é incondicional. O clima de guerra vai se intensificando na segunda metade do livro, mas quando nós achamos que o estopim foi liberado o autor logo insere um elemento para mudar completamente o jogo. A leitura, desse modo, se mostra ágil, mesmo com o grande número de páginas.

"Kaden não tinha certeza do que esperava: uma imagem que era uma variante dos rastros de um felino das montanhas, talvez, ou algo com as patas largas e garras profundas de um urso."

Há, ainda, um ótimo equilíbrio entre política e ação. As partes que envolvem a administração do reino se concentram nos pontos de vista de Adare (rainha!) e Kaden, ao passo que a ação acontece na ilha kettral, onde está Valyn. Não há realmente do que reclamar, pois tudo se conecta perfeitamente, aumentando a qualidade da leitura. 

"Os olhos estavam fechados, a respiração constante, como se dormisse, mas Kaden era mais sábio do que isso. Ele não teria apostado dinheiro que seu umial realmente dormia."

Ahhhhhhhhhhh, e o que dizer dos "pets" desse mundo? Os guerreiros kettral possuem...kettrals. Nada mais são do que falcões gigantes, e isso é DEMAIS, pois a trama realmente consegue adquirir aquele ar de fantasia que amamos em séries consagradas, como em ACDGEF e OSDA. 

"Ele olhou para Triste tremendo em silêncio ao seu lado. O Imperador tinha seus próprios problemas para resolver."

Nesse sentido, o primeiro volume de As Crônicas do Trono de Terra Bruta não poderia começar de forma melhor a trilogia, com arcos bem amarrados que no final se complementam para deixar o leitor completamente desesperado pela sequência.

"Repentinamente, sentiu-se como uma menina de novo, perdida e confusa. Mas ela não era uma menina. Ela era uma princesa, uma ministra, e talvez a última Malkeeniana viva."

Qualquer fã de fantasia vai amar, tenho certeza. Até mais! 

O Senhor da Chuva - André Vianco

2 de maio de 2020

Título: O Senhor da Chuva
Autor: André Vianco
Páginas: 268
Ano: 2001
Editora: Novo Século 
Gênero: Ficção, Suspense, Terror
Onde Comprar: Amazon
Nota:    
Sinopse: Um anjo perseguido, para não ser destruído, possui o corpo de um ser humano agonizante. Assim, o anjo quebra uma regra sagrada que dá direito aos demônios de evocarem uma guerra desigual que poderá desencadear a destruição de todos os anjos de luz da terra. Agora, os dois exércitos estão furiosos, transformando as tranquilas pastagens de belo verde num funesto campo de batalhas onde espadas que parecem chamas, e olhos que parecem brasas, darão o tom nesta misteriosa aventura sobrenatural, repleta de batalhas, mergulhadas no mundo dos anjos, dos vampiros e dos demônios.





Resenha:

“A trombeta soou por todo o campo: um lamento para alguns, um grito de vitoria para outros. O canto do instrumento levava a mensagem um anjo morreu, um anjo morreu para todos os ouvidos sobrenaturais do planeta.”

O Senhor da Chuva é um dos primeiros livros do autor brasileiro Andre Vianco, eu tive o prazer de conhecer a escrita do autor ainda no inicio da carreira dele, por volta do ano 2002, rapidamente me identifiquei com seus livros, ele como eu era um jogador de RPG, por isso seus livros de fantasias eram repletos de aventuras intensas e um mundo fantástico muito bem elaborado.
E desde então tenho acompanhado sua carreira. Ele que possui séries muito bem estabelecidas e livros únicos de variados temas.

Mas até hoje ainda tenho um carinho especial pelos primeiros livros que li deles, como O Senhor da Chuva, Bento e Os Setes.

E foi O Senhor da Chuva reler para matar as saudades e trazer um pouco da minha experiência com esse livro. Eu gosto tanto dele, que tenho duas edições, a primeira publicada, e uma segunda edição que veio junto ao Box que comprei alguns anos depois. Minhas edições são as da editora Novo Século.



Gregório é um jovem que fez muitas escolhas erradas, e uma delas foi a sua profissão. Ele atua como traficante, contundo está preparando um golpe levantar uma grana alta e poder voltar para a sua pequena cidade natal.

Infelizmente ele acaba se metendo em uma grande confusão e as coisas vão de mal a pior.

Porque apesar dele não ter a mínima ideia, as pessoas que ele pretende enganar são apoiadas por criaturas das trevas, demônios que desejam trazer o caos e a destruição da raça humana.

Thal é um anjo, ele é um protetor de uma senhora, que possui uma alma iluminada pela fé, quando ele a esta protegendo percebe a presença de forças demoníacas, e apesar de não dever intervir, ele não consegue evitar.

Infelizmente, tudo dá muito errado.

“As gotas de chuva bateram no peito do anjo. Não adiantaria mais soprar a trombeta. Quando os irmãos chegassem, o encontrariam morto... Thal cerrou os olhos. O céu gritou. Gritou imensamente. Em forma de trovão. O céu chorou. Chorou imensamente. Em forma de tempestade.” 

É nessa peculiar situação que ambos se encontram. Gregório com as pessoas erradas o caçando e o ferindo gravemente, Thal após milênios de lutas pelo bem está prestes a ser destruído, é quanto ele quebra uma regra sagrada para salvar a si mesmo.



Os demônios então utilizam isso para invocar a batalha negra. Uma batalha extremamente desigual para os anjos.

E é algo que não aconteceu nos últimos séculos e que se eles ganharem, os demônios terão direito a ceifar as almas dos humanos sem que os anjos possam intervir.

Como podem ver é uma trama muito intensa. A narrativa se divide em duas. Vamos seguir acontecimentos ocorrendo no plano espiritual, com os anjos se reunindo para enfrentar uma batalha que pode custar tudo a eles, e os demônios fazendo de tudo para garantir ainda mais vantagens para o lado sombrio deles. De outro lado, no mundo mortal, onde os humanos desconhecem totalmente o que está se desenvolvendo na parte sobrenatural, temos os humanos reagindo mesmo que instintivamente a toda energia que esta ocorrendo.

Gregório, leva a batalha para a sua cidade natal, e acaba envolvendo o seu irmão gêmeo, Samuel nela, já que ao ajudar o irmão ele vai ter sua vida totalmente transformada.

“Meu nome é Anatã! Lutarei até a morte! E juro por meu pai de Luz, meu Deus, que levarei mais de vinte de vocês comigo!” 

O livro tem um estilo de escrita muito fluido, as batalhas que ocorrem são muito bem descritas, e eu não consigo evitar ficar ansiosa lendo tudo o que esta acontecendo.

O autor escreve um livro de fantasia sobrenatural com muito talento e a trama envolvendo anjos, demônios e outras entidades sobrenaturais, não levanta nenhuma bandeira de fé especifica, mas com uma leveza fala muito sobre o delicado equilíbrio entre bem e mal, e na força das pessoas cujas almas são iluminadas pela fé.



Com personagens bem desenvolvidos, podemos nos sentir envolvidos com suas lutas e sacrifícios.

É uma leitura empolgante e com um final que me surpreendeu muito na época que li pela primeira vez, e agora anos depois ainda me senti muito feliz com o modo como tudo foi encerrado.

E para quem gosta de um autor que cria suas obras em um mundo compartilhado. Personagens que surgem aqui pela primeira vez serão vistos em outros livros do autor.

“O anjo juntou as forças remanescentes e moveu-se alguns centímetros, estendeu a mão, tentando alcançar a mão de Gregório...”

Indicação de leitura nacional de ótima qualidade, para quem gosta de fantasias, livros com anjos e demônios e embates épicos pelas almas e destino da humanidade.

Até a próxima, e espero que todos estejam tendo excelentes experiências de leitura esses dias. Tchau...

Nildrien - Manoel Batista

15 de julho de 2019

Título: Nildrien - O Pergaminho
Autor: Manoel Batista
Páginas: 586
Ano: 2015
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia Medieval
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:              
Sinopse: Em um mundo de fantasia medieval, o despertar de uma poderosa energia em uma caverna milenar e remota faz com que os mais poderosos reinos de Nildrien se mobilizem para conseguir o artefato portador do poder: um antigo pergaminho criado pelo maior de todos os magos, contendo feitiços capazes de afetar o equilíbrio mundial. Sem poder enviar seus mais experientes e poderosos membros, resta às forças de reinos aliados formarem um grupo de jovens aventureiros para enviá-los ao maior desafio de suas vidas: uma aventura entre guerreiros, magos e monstros que dividem um cenário onde o fantástico e a magia se mostram mais presentes do que nunca. Uma jornada que mudará para sempre a vida desses jovens, repleta de drama, ação e humor.

Carry On - Rainbow Rowell

13 de julho de 2019

Título: Carry On
Autor: Rainbow Rowell
Páginas: 448
Ano: 2016
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia, Aventura
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Simon Snow é um bruxo que estuda numa escola de magia na Inglaterra. Profecias dizem que ele é o Escolhido. Você pode até estar pensando que já conhece uma história parecida. O que você não sabe é que Simon Snow é o pior Escolhido que alguém já escolheu. 

Poderosíssimo, mas desastroso a ponto de não conseguir controlar sequer sua própria varinha, Simon está tendo um ano difícil na Escola de Magia de Watford. Seu mentor o evita, sua namorada termina com ele e uma entidade sinistra ronda por aí usando seu rosto. Para piorar, seu antagonista e colega de quarto, Baz, está desaparecido, provavelmente maquinando algum plano insano a fim de derrotá-lo. 

Carry On é uma história de fantasma, de amor e de mistério. Tem todos os beijos e diálogos que se pode esperar de uma história de Rainbow Rowell, mas com muito, muito mais monstros.

Um Conto às Avessas de A Bela e a Fera - Liz Braswell

13 de abril de 2018

Título: Um conto às avessas de A Bela e a Fera
Autor: Liz Braswell
Páginas: 317
Ano: 2016
Editora: Novo Século
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Bela é inteligente, engenhosa, inquieta e mais uma porção de coisas. Ela anseia escapar de seu modesto e provinciano vilarejo. Quer explorar o mundo, apesar de seu pai relutar em deixar sua casinha para o caso de a mãe de Bela retornar – mãe da qual ela mal se lembra. Um dia, os desejos da garota por novas aventuras acabam por se realizar – mas não da maneira que ela imaginava. Agora ela é cativa de uma terrível fera, dentro de um castelo enfeitiçado. Quando Bela toca a rosa encantada da Fera, intrigantes imagens inundam a mente da jovem – imagens da mãe que ela acreditava que nunca mais veria. Ainda mais estranho que isso, ela descobre que sua mãe é ninguém menos que a bela Feiticeira que amaldiçoou a Fera, seu castelo e todos os seus habitantes. Chocados e confusos, Bela e Fera devem se unir para desvendar um assombroso mistério sobre suas famílias. Um conto às avessas de A Bela e a Fera é uma saborosa e encantadora releitura, inaugurando uma série de livros para o público jovem adulto que reconta os clássicos Disney de um jeito jamais imaginado!

Luz, Câmera, Acão! The Sinner

27 de dezembro de 2017

Título: The Sinner - Original Netflix 
Criação: Derek Simonds 
Ano: 2017
Temporadas: 01
Gênero: Série Policial/ Drama/ Thriller Psicológico/ Suspense
Classificação: 16 anos
Estrelando:
Jessica Biel como Cora Tannetti
Bill Pullman como Harry Ambrose
Christopher Abbott  como Mason Tannetti
Nota:   
Sinopse:
Cora Tannetti matou um homem em um lago, durante um dia ensolarado, diante de sua própria família e de outras testemunhas. Por que? O que poderia ter levado essa jovem mãe, quieta e amável, a esfaquear um estranho repetidas vezes, até ser retirada a força do local? Para a polícia o caso parecia simples. Cora confessou e havia inúmeras testemunhas. Contudo, o inspetor Harry Ambrose se recusou a fechar o caso e deu início à sua própria investigação. Foi assim que começou a lenta revelação sobre o passado de Cora, a jornada de uma jovem em direção ao próprio inferno.