1618 - César Bravo

Título: 1618

Autor: César Bravo

Páginas: 368

Ano: 2022

Editora: Darkside Books 

Gênero: Literatura Brasileira, Suspense, Mistério, Terror.

Adicione: Skoob

Onde Comprar: Amazon

Classificação Etária: 16 anos

Nota:    

Sinopse: A frequência certa para quem ama o melhor do terror. O novo romance do autor de VHS, DVD e Ultra Carnem

Terra Cota é uma cidade que, à primeira vista, pode parecer normal, mas ela guarda algo indizível e sombrio em seu interior. Depois do cultuado Ultra Carnem, e dos celebrados VHS: Verdadeiras Histórias de Sangue e DVD: Devoção Verdadeira a D., o novo livro de Cesar Bravo, 1618, apresenta uma frequência particular do terror enraizado na nossa sociedade e nessa tal tecnologia que parece nos unir. Bravo possui uma sintonia fina capaz de captar todos os nossos medos e silêncios.

Tudo é desencadeado em um dia comum na pacata cidade quando uma estranha anomalia tecnológica começa a expor os segredos mais obscuros de seus habitantes através de mensagens no celular. A sujeira de Terra Cota começa a ser desenterrada. A cada notificação recebida, um crime é revelado, um caso sórdido compartilhado, mentiras e estranhos desejos da carne se manifestam pelos aparelhos. Descendo um degrau por vez, os moradores se entregam ao mais profundo pânico de terem suas verdades expostas. Falsas realidades são destruídas a cada notificação.

Enquanto centenas de mensagens chocam e entretêm a tediosa vida dos moradores locais, os animais começam a se comportar de maneira brutal, números enigmáticos aparecem no visor como presságios de uma sorte agourenta, pessoas alegam se conectar através de aparelhos eletrônicos com seus entes queridos que já se foram. Dia após dia, a atmosfera de Terra Cota vai ficando cada vez mais densa, absurda e sombria. Todos querem desaparecer. Todos querem monitorar. Todos querem se conectar e descobrir a verdade por trás do fenômeno e até uma planta desconhecida desenvolve uma estranha predileção por antenas e equipamentos elétricos e se espalha por toda a região.

A esquecida cidade do noroeste paulista, vizinha de Três Rios — cidade que os fãs de Cesar Bravo já conhecem de seus livros anteriores —, mergulha em caos enquanto tenta se recuperar da pior epidemia dos tempos modernos, sem imaginar que está sendo vítima de um novo ataque. Em meio a assassinatos, teorias da conspiração e crimes soterrados pelo tempo, 1618 transita pelo mundo do horror e da ficção científica, quebrando protocolos e oferecendo uma história ágil, atual e estranhamente familiar. Segundo Christiano Menezes, o diretor editorial da DarkSide® Books, “esse novo experimento literário de Bravo é vívido. É como um som poderoso que podemos enxergar”.

Em seu novo livro publicado pela DarkSide® Books, Cesar Bravo faz todo tipo de provocação, e abre caminho para que um horror enraizado em nosso solo ganhe mais voz. Com sangue, humor e muita acidez, a voz singular e muito brasileira do escritor nos leva a questionar: Quando pedimos ajuda às estrelas, alguém se lembra de perguntar quem está ouvindo?

Este livro foi cedido pela Editora Darkside Books, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 

Resenha:

“- Pessoas tem segredos, meu amigo, é o que nos torna humanos. Aqui e em qualquer lugar, o que fazemos às sombras não é da conta de mais ninguém.”

Olá praticantes de Livroterapia 

Feliz sexta-feira 13!

Preparados para uma indicação macabra?

Eu não poderia deixar a data passar em branco não é mesmo? E dessa vez a minha indicação de leitura é um lançamento nacional, que posso estar enganada (mas, duvido que eu esteja!), tá cravando um lugar nos favoritos do ano em pleno janeiro!

Estou falando de 1618, livro do autor César Bravo, super lançamento da nossa editora Crush Darkside Books!

César, é um autor que eu amo e assim que fiquei sabendo desse lançamento desejei ter ele em mãos. 

Eu já li e adorei todos os livros publicados pelo César na Darkside e se quiserem conhecer minha experiência de leitura deles, basta clicar nas imagens abaixo:

  

E vou começar falando da edição! Impecável! Lindíssima. É terrivelmente macabra também. 

O livro é ricamente ilustrado por Tom Caramels, um artista Holandês, que tornou o clima tenso do livro algo visível!

Eu fui agraciada com a experiência mais deliciosa de receber um kit do livro da Caveirinha e meu coração sombrio ficou apaixonado. 

1618, veio acompanhado de marca páginas, cards e até um suspeito artefato que talvez muito não conheçam: um rádio! E confesso que durante a leitura e após ela, eu olho para o rádio com um misto de emoções, que não falarei quais! Leiam, e vocês vão imaginar!

Este é o primeiro livro do autor a nos apresenta Terra Cota, uma cidade do interior de São Paulo (vizinha da nossa conhecida Três Rios). A trama se passa após a fase mais crítica da pandemia, os comércios estão reabertos, mas ainda existe variantes perigosas levando muita morte por lá. (Qualquer coincidência com a realidade não é mera coincidência!)

Mas Terra Cota e sua população já viu tanta desgraça que o COVID quase que não consegue cravar o medo em seus corações. E eles nem imaginam como tudo podia ia piorar para eles.

Tudo começa em um dia normal: Meio-dia, todos os celulares recebem uma mensagem de remetente desconhecido. E o caos se inicia!

E quando falo caos, quero dizer morte, sangue, segredos sendo jogados em uma rua e sendo esparramados pra todos os lados.

Ah meus caros! Este livro! Tenho muito a falar dele, tenho mesmo! Mas espero que todos possam ler e serem surpreendidos como eu fui!

César tece uma história onde o horror que habita na escuridão do ser humano é iluminado! E todos aqueles cujos segredos são frutos dos piores que a humanidade pode fazer veem-se sem as máscaras da falsa moralidade, puritanismo e etc sempre protegiam.

“…Tudo o que Espoleta sabia é que, boa ou má, a coisa era assustadora pra cacete.”

Temos núcleos de narrativas que aos poucos vai se cruzando e mesclando. Enquanto um detetive tenta descobrir a origem misteriosa das mensagens e parar com as consequências terríveis delas, crianças e um velho desbocado estão procurando explicação nas estranhas ondas… ops! Não adianta não vou contar hahah

E esses dois não são os únicos núcleos interessantes. Se tem algo que César sabe escrever é sobre pessoas comuns, o melhor é e o pior delas, com personagens complexos e bem aprofundados, temos arcos narrativos que evoluem muito bem e casam perfeitamente com a trama, toques sobrenaturais e muitos artifícios que tornam seus livros uma experiência de leitura única e macabra.

Ao vermos diferentes pessoas de camadas sociais diferentes reagindo ao mesmo fenômeno inexplicável, podemos ver como as percepções do mesmo podem ser diferentes, cada núcleo reage de uma maneira com base em suas memórias e experiências prévias, séculos e séculos de superstições passada de geração a geração moldam como cada um sente no presente a ameaças invisível e o horror humano.

“Ás vezes, mesmo com a minha cabeça esfarelada, eu acho que o povo é meio burro. Será que tem que morrer um monte de gente de novo para gente acreditar que a morte existe?”

Apesar de não ter sido o livro que me deixou mais angustiada lendo (eu ainda não superei o conto Torniquete dele!), eu li muito rápido, criando teorias para tentar explicar o que estava acontecendo, tentando ver qual era a escuridão escondida nos personagens principais e imaginando quando esses segredos iam surgir!

É um ótimo livro de terror nacional, colo eu disse, César tem uma escrita inteligente e ele trouxe muitas críticas sociais a esse livro, o cenário pandêmico serviu como uma luva para a história e tornou tudo que estávamos lendo ainda mais real, era algo que poderia estar acontecendo em qualquer cidade que conhecemos (só tenho a agradecer que tudo não é real!), com pessoas próximas ou até com nós mesmos!

Indicação de leitura para os fãs do gênero: terror, horror pessoal, literatura nacional em grande estilo.

Espero que tenham gostado da indicação de leitura e até a próxima.

Ahhhh não se esqueçam: cultivem o melhor em seus corações, quem tem gatinhos pretos os protejam ainda mais hoje e se cuidem! A pandemia não acabou!