No Coração da Selva - Trilogia Feras, Livro 01 - Ayana Gray

Título: No Coração da Selva

Autor: Ayana Gray

Páginas: 450

Ano: 2022

Editora: Galera Record

Gênero: Aventura, Fantasia, Ficção, Jovem adulto, Romance.

Adicione: Skoob

Onde Comprar: Amazon

Nota: 

Sinopse: 

Inspirado na mitologia pan-africana, No coração da selva é uma aventura contagiante de dois jovens que se unem para desbravar uma selva mágica à caça de um monstro impiedoso. O aclamado livro de estreia de Ayana Gray se tornou best-seller instantâneo do New York Times e foi adquirido para adaptação pela Netflix antes mesmo do lançamento.

Koffi não escolheu ser uma guardiã de feras. Seu destino foi traçado pelo pai, que, ao morrer, deixou de herança apenas dívidas, que ela e a mãe irão pagar cuidando das temíveis criaturas do Zoológico Noturno. Tudo o que Koffi almeja é a liberdade, e ela está prestes a consegui-la quando, por sua culpa, um simples acidente se transforma em uma grande catástrofe, graças a um poder que ela nunca nem pensou existir.

Ekon sabia exatamente qual era o seu destino: seguir os passos do pai e do irmão se tornando um Filho dos Seis — o grupo de guerreiros responsável por manter a ordem e a paz em Lkossa. Quando um acidente interrompe o rito de passagem final, ele é convocado a ajudar. Mas, em vez disso, acaba deixando escapar uma fugitiva. Não importa que eles tenham se deparado com o Shetani — o monstro cruel que atormenta a cidade por quase um século — e que a garota fugitiva pareça ter o poder de conter a fera. Ekon escolheu deixá-la partir, e isso compromete suas chances de se tornar um guerreiro.

Agora, Ekon precisa reconquistar o próprio destino, e Koffi tem que mudar o seu. A única chance para os dois é encontrar o Shetani. Mas para chegar ao coração da selva vivos e intactos, precisarão formar uma aliança provisória. Mas a Selva Maior é um lugar repleto de magia selvagem e perigos incalculáveis.

A caçada começa. Mas seriam eles os caçadores ou os caçados?

Resenha:

“Pesadelos caçam como predadores, derrotados à luz do dias.”

Olá praticantes de Livroterapia 

No Coração da Selva, é o livro de estreia da autora norte-americana Ayana Gray, e o primeiro de trilogia de fantasia: Feras. Publicados no Brasil pela editora Galera Record, tem uma capa bonita é uma diagramação confortável para leitura.

Um livro muito bonito, a edição tem uma capa belíssima (que atraiu totalmente minha atenção) e possui um protagonismo negro, a autora escolheu utilizar várias referências à cultura africana de modo geral, assim como a rica mitologia africana.

Nem preciso dizer que esses detalhes que fiquei sabendo antes da leitura foi o que chamou mais minha atenção. Eu amo fantasia, apesar das mitologias eurocentricas, ainda serem as minhas queridinhas, eu sou apaixonada por livros que trazem outras culturas como referência e base.

Em No Coração da Selva, somos levados a conhecer uma história contada em duas linhas temporais.

Começamos conhecendo Adiah uma jovem que sai as escondidas para se encontrar com alguém, no Dia do Vínculo, um dia especial que todos se reúnem para comemorar sua união com os deuses, essa escapada pela noite para encontrar Dakari, vai levar Adiah a tomar uma decisão que mudará sua vida e o mundo como ela conhece. 

“Kutoka mzizi.

Da Raiz.”

Anos e anos depois somos jogados na narrativa de Koffi, uma jovem que vive no zoológico de feras, desejando estar em qualquer lugar menos ali. Ao se descuidar de suas obrigações ela é responsável por uma tragédia, que coloca a vida de todos no zoológico em perigo e a leva ficar frente a frente com uma lendária fera assassina que se esconde na Selva perto da aldeia dela. 

O Shetani, que dízima vidas a anos por lá, está frente a frente com a garota e bom… ela sobrevive 

É isso a levará para uma jornada. Mas não sozinha.

O outro protagonista do livro é Ekon, um jovem órfão que está prestes a fazer seu juramento e se juntar aos guerreiros Yabahari Os Filhos dos Seis, assim como seu irmão mais velho, e todos os seus ancestrais. 

Ele vê o modo como Koffi sobrevive ao encontro com o Shetani, e acaba por se unir a ela em uma caçada para encontrar a fera.

Cada um deles com seu próprio planos em segredo um do outro, mas unidos para caçar o monstro que aterroriza a todos por lá 

É apenas o começo da trama, que vai os acompanhar na entrada da Selva, onde Shetani é apenas um dos perigos.

E conforme a trama vai e vem no passado, temos novas informações que torna a caçada no tempo atual ainda mais exótica.

Nada é como eles pensam que seria e temos uma boa evolução da história, tanto nos laços sendo criados entre eles, como seus problemas e anseios de suas almas.

“Às vezes, as coisas que parecem perigosas são só incompreendidas.”

É uma trama muito interessante, a cultura africana possui muitos mitos e vários são utilizados pela autora, como o uso de dialetos, animais e feras que permeiam os mitos de diversas etnias africanas.

É apenas o primeiro livro e o final possui uma reviravolta que me deixou curiosa para o que estar por vir.

Pessoalmente tive problemas em simpatizar com a protagonista Koffi, pois logo de início ela teve umas ações e pensamentos que me deixaram possessa com ela. Porém, Ekon, com seus traumas e luta constante para descobrir onde está sua lealdade e seu coração acabaram por me chamar atenção. 

Adiah e todo o seu núcleo tem uma importância muito boa e gostei da personagem.

Os personagens secundários aliás, possuem certo peso, e para quem gosta de ir lendo e juntando pistas? Tem alguns segredos e manipulações para serem percebidas durante a trama.

Gostei do estilo de escrita da autora, bem limpa, utiliza bem os clichês (tensão romântica, traição, segredos e reviravoltas).

Para um livro de estreia, só posso sentir que muitas coisas boas virão da autora.

Indicados para quem gosta de livros de fantasias para o público jovem adulto e livros de fantasias que saem do tradicional uso de mitologia eurocêntrica.

Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.