Robinson Crusoé - Daniel Defoe

26 de novembro de 2021

Título: 
Robison Crusoé - Edição Comentada e Ilustrada
Autor: Daniel Defoe
Páginas: 353
Ano: 2021
Editora: Zahar
Gênero: Aventura, Romance, Ficção
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Misto de livro de aventura, autobiografia espiritual e tributo ao individualismo burguês, Robinson Crusoé continua insuperável, tão original e vívido como há trezentos anos. Edição com tradução, apresentação e notas de José Roberto O'Shea.

"30 de setembro de 1659. Eu, pobre e desgraçado Robinson Crusoé, depois de naufragar em alto-mar durante uma tempestade terrível, cheguei à costa desta ilha desoladora e infeliz, que denominei 'Ilha do Desespero', sendo que o restante da tripulação do navio afogou-se, e quase morri."

Com uma prosa aparentemente despretensiosa, mas repleta de nuances, Daniel Defoe narra a vida atribulada de Crusoé a partir da decisão de abandonar o destino trivial no interior da Inglaterra para se tornar marinheiro. Após várias desventuras e uma crucial estada no Brasil, seu barco naufraga em meio a uma tempestade violenta, a tripulação morre e ele vai parar numa ilha deserta tendo apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco, além de um formidável instinto de sobrevivência. Com disciplina, Crusoé aprende não apenas a construir uma canoa, fazer uma panela e assar pão, mas também a enfrentar seus medos, suas dúvidas e a solidão absoluta. Até que, depois de 24 anos excruciantes, ele descobre uma pegada humana na areia.

Este livro foi cedido pela Editora Zahar, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 


Resenha:

“A necessidade transforma um homem honesto num velhaco.”

Olá praticantes de Livroterapia, hoje a resenha é de um clássico, que ganhou uma linda edição comentada e Ilustrada pela Editora Clássicos Zahar, do grupo editorial Companhia das Letras.

Robinson Crusoé, é um romance de Daniel Defoe, cuja publicação original remonta ao século XVII, publicada em folhetim em 1719, foi o primeiro romance a ser publicado dessa forma, saindo semanalmente no The Daily Post.

Com uma narrativa em forma de autobiografia de um náufrago, que passou 28 anos preso em uma ilha deserta. É claro que apesar de passar duas décadas em uma vida solitária, ela foi cheia de surpresas, e reflexão, e após longos anos, acabou encontrando outras pessoas e conseguindo sair da ilha que ele apelidou de Ilha do Desespero.

“Na condição silenciosa da minha vida na ilha, onde desejava apenas o que tinha e tinha apenas o que podia desejar.”

E é esse Robinson Crusoé, o sobrevivente de dois naufrágios que escreve o livro, que é epistolar, ou seja, através de cartas ele conta suas memórias.


O personagem principal é um jovem britânico que deseja uma vida de aventuras. Ele sai em uma jornada marítima que o leva a sobreviver desastres naturais, chegar ao Brasil, se tornar um colono fazendeiro e senhor de escravos. É em uma viagem em busca de mais escravos que ele acaba parando na Ilha do Desespero.

A trama é bem descritiva da jornada de vida de Robinson e tudo o que ele precisa fazer para sobreviver em um ambiente deserto e hostil.


Aqui vou fazer aquela pequena pausa e fazer meus avisos de conteúdos: Este livro é um clássico do século 17! Então ele narra situações que hoje em dia o leitor só pode ficar abismado e horrorizado. Tem temas como religião, conversão religiosa, canibalismo, selvageria, escravidão, e etc. 

O personagem principal é um reflexo do homem europeu de sua época e seus hábitos, reflexões e ações não são aceitáveis hoje em dia como na época. Então para a leitura ser agradável, é necessário se ater a compreensão do texto, da trama e de sua época clássica.

“O grau mais elevado da sabedoria humana é saber adaptar o seu carácter às circunstâncias e ficar interiormente calmo apesar das tempestades exteriores.”

Voltando a trama, a maior parte do livro temos apenas Robinson, sobrevivendo, é um quando ele conhece um nativo e o salva que vamos ver muito de sua cultura entrar em choque com a cultura nativa da ilha e região onde ele se encontra.


Eu li esse livro muito nova para a escola e a releitura foi surpreendentemente melhor! É um interessante caso onde apesar de ter muita coisa errada acontecendo, a leitura se torna quase um estudo de caso da evolução humana em sociedade.

Recomendo para quem gosta de livros reflexivos, com aventuras de sobrevivência e livros clássicos no geral.

“Possivelmente estava mais feliz naquela condição solitária que na vida livre em sociedade, desfrutando de todos os prazeres do mundo.”

É um dos primeiros romances ingleses e até hoje um dos livros mais traduzidos e adaptados. O fascínio do tema ser humano versus sobrevivência em uma natureza selvagem é um dos temas mais utilizados e sempre rende aventuras interessantes e livros que marcam os leitores através dos séculos.


A nova edição da Clássicos da Zahar está belíssima, todo o conteúdo extra comentado engrandece muito a leitura. A tradução e notas são de José Roberto O'Shea, cujo trabalho sempre me impressiona é ganha meu coração e as ilustrações ajudam a imaginação a fluir ainda mais.

Com capa dura, acabamento de luxo e uma tradução impecável, é definitivamente um livro lindo e que vale o investimento para ter ele em nossas coleções.

Espero que tenham gostado dessa indicação e até a próxima.

8 comentários

  1. Em primeiro lugar, estou amando as edições dos clássicos da Zahar. Sempre que possível escolho a editora quando tenho que comprar os livros do projeto #LendoClassicoCP.
    Não conhecia os pormenores da história e sim, ao ler um clássico, temos que ler, sabendo que algumas vezes vamos encontrar partes desagradáveis mas que na época em que foram escolhidos era comum

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  2. Eu admito que me recordo bem pouco sobre esse clássico. Já o li sim, na época escolar, onde ler era obrigatório rs então, guardava somente o necessário. E a idade? Apagou tudo isso rs
    Por isso, estou aqui literalmente babando nessa edição da Zahar!!!Que coisa mais linda deve ser. Apaixonada pleas ilustrações.
    Com certeza, não deve ser uma leitura fácil,mas com mais certeza ainda, deve ser muito prazerosa!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Uma vez teve um tema de redação sobre economia azul na minha escola e uma professora indicou esse livro com um ótimo repertório sociocultural. Fiquei fascinada com um quote e pretendo ler, achei uma trama legal. Eu amo as edições da zahar.

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  4. Acredita que nunca li? Às vezes acabamos lendo os livros mais recentes e deixamos passar clássicos incríveis.
    Essa edição está muito bonita.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  5. Olá Vivian
    Não lembro se li esse clássico no período em que estudei .se li já esqueci tudo rsrs
    É um clássico que não se vê muito no mundo literário.Temos que compreender mesmo o período em que o livro foi escrito para melhor entender a trama.
    Amei a edição, as fotos e os quotes escolhidos.

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  6. Esses livros rendem não só aventura, mas discussões muito interessantes também ne? Clássicos são incríveis! E não vou negar que a edição tá linda mesmo viu ?

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  7. Vivian!
    Ler um clássico é sempre um aprendizado, ainda mais este, porque traz à reflexão de muitas atitudes que a princípio pode parecer questionável, mas diante da situação vivida pelo protagonista e a época, devem ser relevados.
    Gosto da escrita epistolar.
    cheirinhos
    Rudy

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  8. Olá! Acho uma baita oportunidade conhecer um pouco mais dos costumes antigos e entender melhor a sociedade de agora, sem dúvida, esse já é um grande motivo para dar uma chance aos tão temidos clássicos (risos), esse ainda não li, mas pretendo em breve.

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