A Chave de Bronze - Magisterium, livro 03 - Cassandra Clare e Holly Black

26 de agosto de 2021

Título:
 A Chave de Bronze
Autor: Cassandra Clare e Holly Black 
Páginas: 272
Ano: 2016
Editora: Galera Junior
Gênero: Aventura, Literatura Estrangeira.
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Call, Tamara e Aaron deveriam estar preocupados com coisas normais na vida de jovens aprendizes de mago. Ao invés disso, depois da assustadora morte de um de seus colegas de classe, eles devem rastrear um terrível assassino... e arriscar suas próprias vidas no processo. O trio terá que usar toda sua força e magia para combater o mal que está escondido no Magisterium. Mas, dessa vez, o Caos irá revidar.





Resenha:

“Fogo e terra, ar e água. É tudo uma coisa só, não são quatro, nem duas, nem três, mas uma. Onde não estão juntas, nada mais são do que pedaços incompletos.”

Olá praticantes de Livroterapia, aqui estou com a resenha A Chave de Bronze o terceiro livro da série Magisterium, das autoras Cassandra Clare e Holly Black, uma série de fantasia infanto-juvenil publicada pela Galera Júnior

A releitura dessa série faz parte do meu projeto Fantasia para público Infanto-Juvenil. E eu estou tendo a experiência de reler junto com meu afilhado então tenho percebido muita coisa legal!

Como já sabemos essa série é escrita a quatro mãos e já era uma queridinha minha. E temos resenha dos dois primeiros livros aqui, caso queiram conhecer minha experiência, basta clicar na imagem abaixo:



A Chave de Bronze é o terceiro livro e continuamos acompanhando a jornada de Call, um protagonista que conquistou meu coração, e seus dois melhores amigos Aaron e Tamara. Eles vivem em um mundo onde a magia vive escondida do restante da humanidade, e possui uma sociedade complexa, com magias baseadas na manipulação de elementos e diversas criaturas mágicas. 

“O Fogo quer queimar.
A Água quer fluir.
O Ar quer se erguer.
A Terra quer unir.
O Caos quer devorar.”

Essa sociedade anos atrás enfrentou uma guerra civil, um jovem mago enlouqueceu pelo luto, e manipulado/incentivado na loucura por outro acabou se tornando conhecido como o “Inimigo da Morte”, ele era um Makar, um mago que possui a magia e controle do Caos, um elemento raro e poderoso. No final daquela guerra a jovem makar que o enfrentou estava morta e muitos achavam que era o fim dele também.




É claro, que como todo vilão, ele possui seus asseclas, que durante anos tramaram, então anos depois, acabou que Call, Aaron e Tamara tem suas vidas envolvidas nessa trama. Tudo porque Aaron é um Makar, e bom Call tem sua própria ligação com o Inimigo da Morte. E esse inimigo pode não estar morto afinal...

Nós dois primeiros livros temos Call se tornando um aluno do Magisterium, a escola de magia que pretende ensinar ele e seus amigos a se tornarem magos poderosos e controlados. Pretende né, porque esses três passam por mais aventuras perigosas que estudam! 

Call a princípio tem diversos problemas de autoestima, ele possui uma deficiência física e luta para ter uma vida normal apesar disso, o que ele consegue de certa forma, no Magisterium e seus amigos nunca o veem de forma limitada por sua deficiência, a magia o ajuda até mesmo a se locomover melhor e sem dores, isso seria o suficiente para o jovem Call que entrou lá dois anos atrás, seria maravilhoso se não fosse tantas outras coisas que ele precisa enfrentar.

A Chave de Bronze é o livro mais curto até agora dessa história, mas Cassandra e Holly entraram em uma sintonia nesse livro, que a trama rende muito. Aqui temos um livro com partes mais complexas e sentimentos mais desafiadores para os protagonistas, a trama vai acompanhando o próprio crescimento dos protagonistas, (o que é comum em séries infanto-juvenis e eu particularmente adoro, mas como sempre digo, pais fiquem atentos ao que seus filhos lêem, esse livro é indicado para maiores de 13/14 anos), como eles se relacionam entre si e como refletem sobre seus próprios sentimentos.

“Ele estava cansado. Cansado de ser vigiados pelos amigos, mesmo que eles só quisessem mantê-lo em segurança. Cansado de ter essa coisa horrível a seu respeito - algo que não poderia podia controlar - pairando sobre si o tempo todo. Ele queria frequentar a escola como uma pessoa normal e, naquele momento, estava disposto à tudo para fazer isso acontecer."



Call, está passando por momentos muito difíceis, no final do segundo livro ele e os amigos passaram por uma situação difícil, são traídos e enfrentaram grandes perigos juntos, enquanto a sociedade mágica acredita que o Inimigo foi plenamente vencido, Call guarda um segredo perigoso e isso se reflete em como ele é visto pelos amigos e como ele imagina que é visto.

“Se ele fosse uma pessoa melhor, teria confessado tudo ali mesmo. Mas, se ele fosse uma pessoa melhor, o problema talvez sequer existisse."

Ao retornar para o terceiro ano no Magisterium, eles imaginavam que poderia se focar unicamente nas aulas, arrumarem namoradas (o), etc, é claro que tudo muda quando uma aluna é morta dentro do Magisterium, e sombras de desconfiança recaem sobre as costas de Call e agora Aaron, afinal um Makar que não tem mais serventia direta para os adultos, parece ser visto como um potencial inimigo (ódio que fala!) 


“[...] havia um problema no fato de o Inimigo da Morte ser considerado oficialmente morto e a guerra acabada — neste novo mundo, os Makaris não eram desesperadoramente necessários...”

A trama é centrada em desvendarem quem está atacando o Magisterium e o que eles querem com o protagonista! E no final, vemos como tudo está interligado a algo que já estava na cara desde o início! Temos muitas reviravoltas na trama, muito suspense ao estilo: não confie em ninguém e ao mesmo tempo: confie em teus amigos! Call, mais do que nunca tem uma evolução neste livro, mas não está sozinho. Aaron e Tamara tem uma evolução de complexidade de suas emoções sendo trabalhados nessa narrativa, e digo isso relembrando que é o livro mais curtinho até agora, então não temos nenhuma enrolação aqui.


“As pessoas se lembram do Inimigo da Morte, mas se esquecem do homem que o fez quem ele era. Constantine pode ter sido mau, mas também passou por uma tragédia. Ele queria o irmão de volta. Mestre Joseph, por outro lado, só queria poder. Apenas isso. E pessoas assim são as mais perigosas do mundo."

As autoras aqui tecem uma história muito bonita de amizade e lealdade. A forma como Call e Aaron se apoiam é incrível, sem contar que Tamara a melhor amiga de ambos e aqui mais do que nunca um elo entre eles, é fundamenta para a trama. Ela os apoia, mas também espera e cobra que ambos sejam suas melhores versões. 

Que amizade linda, porém, como toda história de amizade, ela será testada nesse livro e imagino ainda mais nos próximos.

Outro ponto que amei no livro foi o destaque para alguns personagens secundários, deixo aqui meu amor por Jasper, que no segundo livro já tinha meu carinho, e Célia que agora está se reunindo com o trio principal. Esses cinco personagens são bem diferentes entre si, mas sinto uma energia positiva entre eles. Todos sendo importantes uns para os outros quando necessário.



E em A Chave de Bronze temos muitos momento necessários!

O final desse livro me deixou com o coração apertado e ansiosa para ler o próximo livro, quando li pela primeira vez e na releitura tive o mesmo sentimento, agora ampliado porque li o livro com meu afilhado e vendo pelo ponto de vista deles a história se tornou ainda mais rica. Comentários de: “Call, faz o que precisa pelo amigo... e mesmo com a perna ruim, ele não tem medo de nada!” Olhem o poder de um protagonista inclusivo!

“É isso que os heróis fazem, Call supôs. Correm direto para o perigo e nunca desistem. Call queria desesperadamente ir na outra direção”
A narrativa como eu disse está ficando mais intensa e temos os crescimentos dos personagens e isso é ótimo. 

Indico para todos que gostam de uma boa história de fantasia e jornada do herói! História com uma narrativa empolgante e fluída, com ação, risadas e correndo risco de algumas lágrimas também!

A escrita está destinada a jovens de mais de 13/14 anos, não tem conteúdo adulto (aqui me refiro diretamente a conteúdo sexual), mas já começa a ter temas como: reflexões sobre luto, lidar com a perda, reflexões a cerca de sermos bons ou maus, os personagens lidam com inseguranças e medos típicos da adolescência (e ampliados por um contexto de fantasia) e existe um início de flertes entre os personagens.

Espero que tenham gostado dessa indicação para leitura para nossos jovens (e para todos os maiores de idade!) e até a próxima!

9 comentários

  1. A Chave de Bronze pode até ser o livro mais curto mas consegue ser o mais completo e complexo até agora.
    O trio está crescendo e com isso os problemas deles estão mais intensos, sem contar que tem que enfrentar uma força poderosa desconhecida.
    Cassie e Holly em sintonia total nesse livro

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  2. Sabe do que mais gostei nessa resenha toda? Ler que você está fazendo essas leituras com seu sobrinho. Isso dá um gostinho ainda mais especial não só ao se aventurar pelos livros, mas também criar laços ainda mais fortes com alguém especial a você.
    Eu só fico de namoro ainda, pois li quase nada de Cassandra e alguns de Holly e essas duas juntas por tudo que li das resenhas, conseguiram não só trazer personagens únicos, mas relações de amizade também!!!
    Adorei!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Se é da Cassandra Clare já promete ser bom. Essa série ainda não li.
    Gosto muito da abordagem que ela faz dos sentimentos.
    A saga Os instrumentos mortais é um dos meus xodós.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  4. Olá
    Como já escrevi outras vezes não leio fantasia com frequência .é um gênero que eu gosto de ver mais em filmes
    Mas que bom que as autoras estão trazendo tramas que sáo envolventes e trazendo temas importantes para a juventude como o valor da amizade e que bacana as autoras terem construído um personagem que mesmo tendo deficiência física corre atrás do que quer .isso é um estímulo para os jovens leitores.
    Bjs

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  5. O box que está vindo aí tá a coisa mais linda ne? Vontade de comprar é o que não falta. Gosto bastante da escrita da Holly, acho que ela consegue nos inserir num universo de forma maravilhosa, e só li o primeiro livro da série As Peças Infernais da Cassandra, mas gostei dele também. Então o resultado delas deve ser beem legal!

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  6. VIVIAN!
    SEMPRE ACHEI ESSA SÉRIE MARAVILHOSA, PRINCIPALMENTE PELA AMIZADE.
    Acho maravilhosa a forma como eles juntos, conseguem superar muitas coisas; mas também mostra o lado mais perverso de outro personagens.
    cheirinhos
    Rudy

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  7. Oiii
    Esse terceiro livro parece estar muito bom também, a história está bem legal e os personagens também. Mas confesso que perdi um pouco a vontade de continuar essa série. Eu só li o primeiro mas não me envolvi tanto nessa história. Eu amo livros de fantasia, mas acho que fantasia infanto-juvenil assim já não é pra mim mais 😅

    Bjss ^^

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  8. Olá,

    Não sei porque, mas toda vez que vejo algo desses livros, sempre acho que o Rick Riordan ta escrevendo também KKKKKK
    A história parece ser muito boa, mas já tinha comentando que tenho um pé atrás com os livros da Cassandra. Apesar de gostar, nunca fico tão empolgada com a leitura.

    Beijos

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  9. Olá! Amei saber que nosso protagonista é para lá de inspirador, definitivamente é uma leitura para todos, até mesmo, para aqueles que assim como eu não são tão fã assim das autoras, aliás, é uma ótima oportunidade para mudar isso (risos).

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