Luz, Câmera, Ação!!! BLACKPINK: Light Up the Sky

19 de maio de 2021

Diretor ou produtor:
 Caroline Suh; Dave Sirulnick
Ano: 2020
Gênero: Documentário 
Elenco: Jennie Kim; Ji-soo Kim; Lalisa Manoban; Rosé
Nota:    
Sinopse: As garotas da banda coreana BLACKPINK contam suas histórias e falam sobre os desafios que enfrentaram até finalmente estourarem no mundo da música.

Resenha:

Blackpink in your area!

Fala meu povo! Vocês provavelmente não sabem, mas eu sou um fã assíduo de música coreana. A indústria do K-POP movimenta bilhões todo os anos e nos últimos tempos o gênero tem se popularizado cada vez mais, com nomes como BTS dominando os charts internacionais e conquistando número surreais de streams nas plataformas digitais. 

E se BTS é o grupo masculino do momento, BLACKPINK é o equivalente feminino. Criado em 2016 pela YG Entertainment (empresa por trás de nomes como PSY - do viral Gangnam Style, BIGBANG e 2NE1), as Pretorosas chegaram com tudo, quebrando a internet com videoclipes coloridos e bem coreografados. Quem já ouviu falar, ama, e quem não ouviu, vai amar. 


Com produções visuais de altíssimo nível e conceitos impecáveis, Jennie, Lisa, Jisoo e Rosé fizeram um comeback grandioso em 2020 e junto com o novo álbum fomos agraciados com o documentário em parceria com a Netflix, Light Up The Sky, que conta a trajetória das meninas desde trainees até a sua consolidação como o maior girlgroup da atualidade. 


O doc já acerta ao se dividir de forma equilibrada para nos mostrar a história de cada uma das meninas. Muitos não sabem, mas pra ascender como um idol na Coréia do Sul é preciso passar por várias etapas de seleção e treinamentos, e claro que não foi diferente para o quarteto.

Temos a oportunidade de viajar no passado e conferir cenas das garotas mais jovens mostrando todo o seu talento. Percebe-se que todas possuíam vocação para a carreira artística desde muito cedo, participando de concursos musicais, torneios de dança e outras competições.

Ao passarem nas audições da YG, as estrelas desenvolveram uma amizade quase que instantânea. E assim como vemos nas promoções do grupo, esse vínculo entre as quatro integrantes é algo muito real. Durante todo o processo até o tão sonhado debut, elas tiveram que aprender a trabalhar em equipe e se apoiar. 


Inclusive, arrisco dizer que Light Up The Sky expõe um pouco do lado obscuro dessa indústria. As agências, de modo geral, são conhecidas por controlar completamente a vida dos seus idols. Como as próprias integrantes explicam, elas não podem beber, fazer tatuagens ou fumar. Sem contar várias outros imposições. 

Há também uma clara obsessão com a aparência. Para entrar em um grupo de K-POP, um dos requisitos primordiais é ser magro. Se a pessoa não se encaixa nos padrões de beleza, nem chega a passar pelo processo de treinamento. 

Gostei muito dessa abordagem mais séria porque ao vermos garotas e garotos sorrindo em videoclipes, tudo parece ser perfeito. Porém não é bem assim, existem dietas rigorosas, regras e até mesmo preconceitos. Talvez por meio de mudanças de pensamento e reflexões seja possível contribuir para que este cenário mude. Por exemplo, porque não temos pessoas negras em grupos de K-POP? 


No próprio BLACKPINK temos duas integrantes estrangeiras, logo a questão racial fica muito evidente. Se não é preciso ser coreano, por quê só vemos pessoas brancas? Com a popularização do gênero e sua ascensão no mercado norte-americano, espera-se que no futuro não seja necessário incutir discussões sobre inclusão étnica. 

Mas voltando ao documentário, vê-se que no meio de tanta fama e holofotes. às vezes a pressão chega a ser insuportável, e quando você está longe da sua família é importante ter alguém com quem desabafar e se sentir ancorada. A própria fotografia do filme proporciona uma sensação de acolhimento que parece existir entre as integrantes, denotando um excelente trabalho de direção da produção original Netflix.


Passando por esse lado mais pessoal, há também um foco especial para todo o processo de gravação de músicas e videoclipes. Temos uma pequena tomada extremamente FOFA da Rosé fazendo um acústico da faixa Hope Not (essa música é linda) e podemos conferir um pouco dos bastidores dos MVs de Stay e As If It's Your Last. 

Mais para o final do filme musical, o longa segue o padrão esperado e nos mostra os medos, anseios e dramas do grupo, principalmente na sua passada pelo Coachella, maior festival de música dos Estados Unidos. Na época as meninas estavam super ansiosas por se apresentar pela primeira vez para um público tão grande e ainda serem a primeira atração de K-POP no festival. 

Como já era de se esperar, a performance do grupo foi a mais comentada da noite, com os expectadores indo a loucura diante das apresentações de Kill This Love e DDU-DU DDU-DU. O documentário, além de nos presentear com tais apresentações emocionantes, não falha em deixar claro que daquele momento em diante a tendência era o grupo crescer ainda mais. 


Apesar de ser claramente um produto direcionado para aumentar o engajamento do público com os novos projetos das meninas, BLACKPINK: Light Up the Sky nos permite conhecer o quarteto por trás da fama, levantando reflexões importantes sobre a obscuridade do cenário pop coreano. Um presente para os Blinks, o longa não deixa de ser também uma recomendação para quem não conhece o mundo do K-POP (e deveria!). 


Até mais, e não deixem de dar stream no último álbum das fadas! 





16 comentários

  1. Me parece ser um documentário muito verdadeiro, que além de mostrar a dura rotina das meninas, nos conta tudo o que passaram e ainda passam para alcançarem e manterem o sucesso internacional

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    1. Chelle, obrigado pelo comentário!
      Realmente o documentário se aprofunda bastante na vida das meninas, e isso é ótimo pois vemos que elas são gente como a gente.
      Beijos.

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  2. Alison, eu admito sem vergonha que nunca tinha lido ou ouvido falar no grupo.
    Tá, claro que já li sobre o K-Pop, mas sempre o lado mais voltado para os grupos masculinos que aliás, as meninas amam de paixão.
    Eu já tentei ouvir, ver e gostar,mas? Consegui não rs
    Não é mesmo minha praia.
    Mas adorei saber sobre esse documentário, até por mostrar um tanto do que fica escondido, o sistema rígido, as imposições e sim, a luta dessas meninas para alcançarem seus lugares.
    Não digo que não deu vontade ver,pois eu estaria mentindo.
    Gostei muito de aprender sobre!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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    1. Angela, obrigado pelo comentário!
      O K-pop tem características bem peculiares, então tem mesmo gente que não se identifica rsrsrs. Mas pode assistir sem medo, você vai acabar gostando pelo menos de saber mais sobre a cultura da Coréia.
      Beijos.

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  3. Olá Alison
    Sempre gostei de danças. E como fã de Michael Jackson entáo...
    Conheço pouco dessa cultura .Já ouvi falar sobre a cultura k Pop.Ja vi alguns vídeos aleatórios .
    Mas deve ser interessante saber o que acontece por detrás de tanto sucesso e dedicação .creio que as meninas que fazem parte desses grupos passam mesmo por um rígido treinamento. Todo sucesso tem um custo .entendo a parte de proibir bebidas .mas quem sabe futuramente as pessoas que náo se enquadram no dito padrão de beleza náo tenham oportunidades tambem ?

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    1. Eliane, obrigado pelo comentário!
      Aparentemente, as coisas estão melhorando (amém). Ano passado debutou um grupo chamado Black Swan que é bem inclusivo em relação às integrantes.
      Beijos.

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  4. Alison!
    Conheço o BTS porque tenho um sobrinho que é bem fã e sempre que vou para lá, ficamos assistindo os vídeos.
    Não conhecia esse novo grupo feminino e acredito que o documentário deve ter sido feito aproveitando a onda dos K-Pops que estão em alta.
    Vou procurar por elas.
    Acho interessante o ponto que falou sobre a aparÊncia e a falta de diversidade.
    cheirinhos
    Rudy

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    1. E viciou toda nos MVs né (embora os últimos lançamentos do grupo não tenham me agradado)? As coisas estão evoluindo aos poucos, mas ainda falta muito!
      Beijos.

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  5. Gente, eu sou completamente desligada desse universo. Mas sabe o que é nunca nem ter visto a cara dessas meninas? Pois é. Mas então, encontramos fãs como você pra equilibrar o universo né?! HAHAHA
    Gostei muito das críticas que você abordou e de todos os comentários feitos, agora posso dizer ao menos quem são :D

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    1. Bruna, obrigado pelo comentário!
      Agora você oficialmente conhece as meninas hahahaha.
      Beijos.

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  6. Olá Alison!
    Estou chocada com as exigências para entrar e se manter no universo K-pop, não sabia de todo esse padrão imposto e do preconceito racial, é algo que apesar de "cultural" ainda sim fere os direitos humanos. Apesar desse lado obscuro acho que o documentário é muito bom para nos inserir no universo até então conhecido apenas pelos rostos masculinos.
    Beijos

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    1. Aline, obrigado pelo comentário!
      Nesse sentido até que o K-pop é equilibrado, pois grupos muito conhecidos são de integrantes femininas, como as Girl's Generation e as 2NE1.
      Beijos.

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  7. Olá! Olha essa não é a minha vibe, mas por trabalhar em uma escola, rodeada por pré-adolescentes é meio que impossível não conhecer esse mundo do K-POP (risos), mesmo que superficialmente e pelo visto o documentário é uma ótima opção para quem quer conhecer um pouco mais sobre esse universo e claro para os fãs que amam saber mais sobre seus ídolos.

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    1. Elizete, obrigado pelo comentário!
      Virou uma febre mesmo rsrsrs.
      Beijos.

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  8. Olá,

    Confesso que não sou muito de escutar esse estilo de música, mas não dá pra negar o quanto faz sucesso!!!!!
    Acho bem legal a legião de fãs que esses grupos tem, e a paixão deles.
    QUe massa que o documentário é bom e mostra sobre a vida das meninas.

    Beijos

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  9. Oi,
    Ai sempre vejo a galera falar sobre k-pop, mas nunca ouvi uma música kkkk
    Preciso tomar vergonha e procurar logo.
    Achei esse filme interessante. Mostra essa cultura não só musical, de toda a área musical
    Achei uo exigirem magreza, mas infelizmente em todo país pessoas fora do padrão são hostilizadas.
    Bjs

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