Catarina, a Grande, & Potemkin - Simon Sebag Montefiore

6 de setembro de 2018

Título: Catarina, a Grande, & Potemkin
Autor: Simon Sebag Montefiore
Páginas: 811
Ano: 2000
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Biografia, Narrativa Histórica
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Neste trabalho monumental, Simon Sebag Montefiore, aclamado autor de Os Románov, reconstrói a parceria política e amorosa mais bem-sucedida de que se tem notícia ao tratar do relacionamento de Catarina, a Grande, com o príncipe Potemkin. Baseado nas cartas do casal e em vasta pesquisa historiográfica, Montefiore revela detalhes de duas vidas cujas trajetórias se confundem com a história do próprio Império Russo. 

Resenha:

O nome Románov soa familiar para alguém? Talvez se eu disser Anastasia fique melhor? Minha infância toda fui apaixonada pela história da princesa que se separou da família e em meio a músicas e cores se reuniu com eles (claro que estou falando da versão do filme da Fox porque a história de verdade dela é muito triste e não tem um final feliz). Então Románov sempre foi um nome que significou muito durante meu crescimento. Mal sabia eu que encontraria outra mulher Románov para me deixar de queixos caídos. Catarina, a Grande me surpreendeu do início ao fim com sua personalidade forte e determinada, sendo uma mulher que desafiou muitos padrões com suas atitudes e pensamentos.

Antes de mais nada é necessário dizer que esse não é um livro de literatura propriamente dita. É uma narrativa histórica que reconta a trajetória da Catarina e de seu amante (um deles pelo menos) Potemkin. Através de uma densa pesquisa historiográfica e através de cartas e documentos encontrados, o autor traz elementos que nunca haviam sido contado antes. Ele não utiliza de elementos literários, metáforas ou simbologias, mas isso não quer dizer que é uma leitura pesada. Tudo bem, tudo bem, o livro tem 811 páginas e isso deixa a leitura um pouco longa. Só que longa é diferente de cansativa e sem dinâmica.

E uma coisa que a vida de Catarina não era é sem dinâmica. Pouco mais de seis meses depois que seu marido subiu ao trono ela deu um “golpe” de Estado e assumiu o poder, se tornando a Imperatriz de uma das eras mais prósperas da nobreza da Rússia (sendo que ela nem era russa). A vida de “rainha” já era muito ocupada e ela resolveu agitá-la mais com seus amantes. Teve vários, mas Potemkin, um príncipe e chefe militar, foi um que abalou seu coração. O romance dos dois durou muitos anos e mesmo depois que acabou, continuaram amigos e “colegas de trabalho”. A relação dos dois, no que dizia respeito ao reinado da Rússia, sempre foi importante e trouxe muitos feitos importantes para o período.

“(...) o amava fazia um bom tempo: na verdade, já o conhecia muito bem. O seu amor não era só avassalador, eles eram, nas palavras de Catarina, ‘almas gêmeas’”.

A história de países como a Rússia não fazem exatamente parte do nosso currículo escolar e por isso perdemos a oportunidade de conhecer personagens e feitos muito interessantes que, de certa forma, impactam na forma como o mundo funciona nos dias de hoje. Conhecer mais de uma figura tão importante para a Rússia do século XVIII foi algo que me acrescentou muito conhecimento e me permitiu compreender um pouquinho mais do papel que o país desempenha no sistema internacional que vivemos atualmente. Sei que esse tipo de leitura não é muito frequente por aqui, mas de vez em quando precisamos sair da nossa caixinha e nos permitir entrar em contato com fatos que realmente aconteceram (seria isso pleonasmo ou de propósito?). Nossa visão de mundo sempre muda um pouco quando aceitamos adentrar realidade diferentes da nossa. Fica mais fácil compreender porque as coisas são como são.

Ah e se você se assustou com o número interminável de páginas, fique feliz ao saber que ao longo do livro tem algumas imagens de quadros que foram pintados contemporaneamente ou em memória à Grande mulher que foi Catarina e à importante relação (amorosa e política) que ela teve com Potemkin. Uma grande mulher merece um grande livro não é mesmo?

6 comentários

  1. Oi Maíra!
    Estou adorando acompanhar os grandes autores que está nos apresentando...
    Eu msm não conheço quase nada dos clássicos, pra mim está sendo muito bacana conhecer um pouco de cada...
    Bjs!

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  2. Olá! Adoro esse tipo de leitura, que permite que eu conheça um pouco mais sobre a história do mundo, por isso, sem dúvida vou querer conferir o livro, essas mais de 800 páginas não me assustam nem um pouco, pelo contrário, imagino o quanto de história vou poder absorver. Catarina mostrou que é bem Girl Power, principalmente para época em que viveu.

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  3. Oi Maíra.
    faz tempo que não leio romances históricos, mas gosto bastante.
    Catarina, a Grande, foi uma figura muito importante na história. Fiquei com bastante vontade de ler esse livro e saber um pouco mais sobre seus feitos.
    Ter dado um golpe de Estado é para poucos, ainda mais sendo mulher rs
    Já vai para a lista de desejados.
    Beijos

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  4. Hey

    Sou apaixonada pelas histórias das monarcas, desde a Rainha Elizabeth até a família Romanov, então quando vi o título do livro já sábia que tinha que ele, romances históricos são maravilhosos <3

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  5. Eu sempre AMEI história na escola e qualquer livro que esteja relacionado a história eu irei adorar ler. Eu não conhecia a história de Cataria a Grande e fico feliz por ler essa resenha porque agora estou saltitando de vontade de ler essas 811 páginas (que realmente assustou um pouco).

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  6. Olá!
    Eu já li historias sobre essa mulher e são muito interessantes, são historia que deveria ser muito contada nas escolas para as pessoas saberem quem elas são..Adorei o livro!

    Meu blog:
    Tempos Literários

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