A Irmã da Tempestade - Lucinda Riley

5 de janeiro de 2018

Título: A Irmã da Tempestade
Autor: Lucinda Riley
Páginas: 528
Ano: 2016
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: Em A irmã da tempestade, segundo volume da série As Sete Irmãs, as vidas de duas grandes mulheres separadas por gerações se entrelaçam numa história sobre amor, ambição, família, perda e o incrível poder de se reinventar quando o destino destrói todas as suas certezas. Ally D’Aplièse é uma grande velejadora e está se preparando para uma importante regata, mas a notícia da morte do pai faz com que ela abandone seus planos e volte para casa, para se reunir com as cinco irmãs. Lá, elas descobrem que Pa Salt – como era carinhosamente chamado pelas filhas adotivas – deixou, para cada uma delas, uma pista sobre suas verdadeiras origens. Apesar do choque, Ally encontra apoio em um grande amor. Porém mais uma vez seu mundo vira de cabeça para baixo, então ela decide seguir as pistas deixadas por Pa Salt e ir em busca do próprio passado. Nessa jornada, ela chega à Noruega, onde descobre que sua história está ligada à da jovem cantora Anna Landvik, que viveu há mais de cem anos e participou da estreia de uma das obras mais famosas do grande compositor Edvard Grieg. E, à medida que mergulha na vida de Anna, Ally começa a se perguntar quem realmente era seu pai adotivo.

Resenha:

A Irmã da Tempestade é o segundo volume da série As sete Irmãs e conta a história de Ally, a segunda filha mais velha de Pa Salt. Assim como Maia sua história começa no momento em que ela descobre que seu pai morreu, descrevendo o que ela estava fazendo e como chegou ali. E no momento, ela estava no seu lugar preferido com sua pessoa preferida. Estava em um barco, no mar, com Theo, seu recém-descoberto amor. Ally é uma velejadora profissional, corajosa, extremamente otimista e sempre disposta a encarar um desafio. Em uma de suas regatas (competição de vela) ela conhece Theo e rapidamente os dois se apaixonam e vivem uma incrível história de amor.

Como todos sabemos que nem tudo são rosas, ela descobre que seu pai morreu e isso a tira de sua bolha de amor perfeitamente construída. De volta a sua casa natal, uma mansão na Suíça, ela descobre que seu pai deixou pistas para ela e suas irmãs descobrirem de onde elas vinham, afinal, cada uma das irmãs foi adotada de cada parte do globo. Assim, com apenas algumas coordenadas, um sapinho em miniatura e um livro Ally precisa decidir se vai atrás de suas verdadeiras raízes. De início ela hesita e decide continuar vivendo sua vida ao lado de Theo, sem remexer no passado e certa de que o momento adequado para tal chegará em um futuro (talvez não) distante.

Só que ela não contava com um empurraozinho do destino e de repente se vê carregada para dentro do mundo da música e da sua família. A viagem que a espera certamente traz dúvidas, angústias, revelações e muito esclarecimento. Ainda que a família que a criou seja a definidora de sua personalidade e de seu amor pela vida, sua origem pode ajudar a esclarecer muitas questões que ela carrega dentro de si, além de dar a ela mais presentes do que ela consegue imaginar.

Lucinda Riley usou elementos reais da história humana e criou por trás deles uma nova narrativa para ligar personagens icônicos com Ally. Dessa forma, dentro de apenas um livro ela desenvolveu três narrativas distintas que se cruzam e dependem umas das outras para acontecerem. Não ficou nenhuma ponta solta depois da leitura, de modo que todos os elementos se conectam de forma a criar o enredo principal da história de Ally. Lucinda conseguiu criar Ally muito diferente de Maia. Apesar de serem irmãs, elas tem personalidades extremamente distintas (eu arriscaria dizr opostas) e ela deixa isso muito claro na maneira como elas falam e agem. Isso é interessante, porque mostra a diversidade da escrita da autora.

Mas ainda que a escrita seja impecável, a leitura não é fluida. Os livros são muito grandes e a estratégia de intercalar o presente de Ally com a história de seu passado contribui para o ritmo não muito rápido da leitura. O trânsito entre as épocas faz com que as histórias sejam quebradas, dando a impressão de que falta de conclusão. Porém, entretanto, todavia, quando ela retoma a narrativa que sofreu uma pausa é como se você nunca tivesse a deixado. Ela sabe exatamente o ponto onde parar e o modo de voltar sem que isso atrapalhe o leitor a lembrar de vários detalhes que foram citados anteriormente.

Ao que me parece, depois da leitura dos dois primeiros volumes, todos os livros começarão no momento em que a filha descobre sobre a morte de seu pai. Por isso, em determinado momento, teremos as irmãs se encontrando e as mesmas cenas sendo repetidas em todos os volumes. De início você pode pensar que fica repetitivo, mas temos que lembrar que esses momentos serão detalhados sobre pontos de vista diferentes e cada personagem o vive de uma forma. Como os livros são em primeira pessoa podemos ver como aquela irmã reagiu naquele momento e ainda nos lembramos de como as que já lemos também reagiram. São perspectivas distintas e por isso a série fica ainda mais interessante.

Além disso, os livros são, de certa forma, independentes. O desenrolar da vida de cada uma das irmãs não necessita da leitura prévia da história das outras. É claro que, tendo o conhecimento dos outros volumes conseguimos reconhecer vários elementos que ligam todas elas e vemos aspectos da vida de cada uma que não foi tratado em seu “livro solo”. E Lucinda Riley mostrou alguns elementos nesses dois volumes que mostram que, à parte do descobrimento da origem de cada uma das irmãs, tem algo maior acontecendo que está sendo traçado em todos os livros. Então, por mais que sejam independentes entre si, a leitura na ordem acaba favorecendo o leitor e dando a ele a visão geral da narrativa que (acredito e espero profundamente) será concluída no sétimo livro.

Como sou uma pessoa curiosa, já quero saber de onde vieram as outras irmãs e estou ansiosíssima para ler A Irmã da Sombra, que conta a história da terceira irmã, Estrela. Então, assim que eu ler eu venho contar o que achei e se ainda possuo as mesmas opiniões sobre as Irmãs D’Aplièse.

13 comentários

  1. Eu amo as letras da Lucinda!Amo essa brincadeira gostosa dela intercalar passado e presente. Confesso que no início eu bagunçava tudo, mas hoje tiro de letra!
    A história destas irmãs me ganhou desde o primeiro livro que trazia Maia como a personagem principal, agora quero muito conhecer esta história também!
    Beijo

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  2. Amei sua resenha, ainda não conhecia o livro!

    http://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/

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  3. Maíra eu estou aqui ansiosa e mto curiosa pra ler a série, tenho acompanhando resenhas dos livros e pelo que li está incrive!!!!
    Espero ler me breve!!
    Bjs!

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  4. Gostei do enrendo, que pra mim achei um pouco diferenciado por eu nunca ter lido um livro onde a personagem principal fosse velejadora. Eu não conhecia a série As sete irmãs ainda mas me despertou interesse.

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  5. achei muito legal que cada livro conta sobre a origem de cada irmã, achei bem diferente e bem legal, gostei da profissão dela e queria saber mais sobre o romance que ela tinha com o theo, e fiquei interessda bastante sobre a origem dela. Já tinha ouvido falar da série e gostei muito de saber que os livros são meio independentes.

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  6. Oi, Maíra. Mesmo não entendendo muito qual o objetivo central da autora, acho que é importante a Ally e suas irmãs saberem suas origens, e até mesmo partir em busca de respostas, principalmente quando há toda uma história que precisa ser descoberta. Só o que me dá um tremendo cansaço e me incomoda, é quando a história intercala entre o passado e o presente, mesmo que isso seja preciso para melhor entendimento...

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    1. Ei Daiane, tudo bem? Obrigada pelo comentário :) a título de curiosidade, o que você acha que mais incomoda a respeito da mescla entre passado e presente? Pq eu eu li um livro uma vez que me incomodou muito, mas não soube definir exatamente porque. Vai que nossas opiniões são parecidas kkkkkk
      Um abraço,
      Maíra

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  7. Pretendo ler esta série As sete Irmãs, pela sua resenha este livro parece muito bom, não acho que todos os volumes começarem da mesma maneira, e as mesmas cenas sendo repetidas em todos os volumes deixa a história repetitiva, pois como você disse, o ponto de vista de cada personagem é diferente, sem dúvidas pretendo ler A Irmã da Tempestade.

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  8. Oi!!! EU tenho uma relação de amor e ódio com essa autora. Apesar dela conseguir bolar histórias e personagens interessantes, parece que ela tem dificuldade em expor a história, o que faz com que a narrativa fique massante ou perdida...E especificamente dessa série, não tenho nenhuma ovntad de ler. Esse recurso de mesclar tempos é dificil de ser utilizado e eu não acho que ela consiga fazer isso bem...E sua resenha só confirma isso

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  9. Achei muito legal a ideia da série, contar a história de cada uma em um livro. Parece ter muito mistério envolvido e eu gosto disso.
    Mas é uma pena que a leitura não é fluida, porque 528 páginas não é pouca coisa!
    Eu gosto dessa mescla de passado e futuro, mas precisa de muita atenção, por que confunde muito hahaha

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  10. Eu tenho um dilema com essa autora às vezes amo e odeio amo escrita dela mas às vezes odeio alguns livros dela eu li um livro dela a garota italiana parece e quase morri de tédio Então eu penso duas vezes antes de ler alguma coisa dela

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  11. Maíra!
    Li o livro anterior e fiquei totalmente envolvida com a leitura. Adoro a Lucinda e quero demais acompanhar todos os livros da série e se diz que esse ainda é melhor que o primeiro, como não desejar lê-lo?
    Desejo uma semana mais que abençoada e Novo Ano repleto de realizações!!
    “Meta para o Ano Novo? Ser feliz!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  12. Quero muito começar a ler essa série, e descobrir a origem de casa irmã parece ser muito interessante.
    Gosto muito da mescla de passado e futuro quando são bem construídos, parece ser um livro muito bom.

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