Autor: Jo Platt
Páginas: 288
Ano: 2019
Editora: Fábrica 231
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Resenha:
Ano: 2019
Editora: Fábrica 231
Gênero: Romance
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Nota:
Sinopse: A felicidade parecia estar batendo à porta de Rosalind Shaw naquele que deveria ser o dia mais feliz da vida dela. Abandonada no altar, sem qualquer explicação ou justificativa, a jovem mergulha numa depressão sem fim, daquelas de passar dias e dias largada à frente da TV, sem força para sair do sofá. Até que um dia seu amigo Tom propõe que ela se torne coproprietária de uma loja de livros antigos, numa cidade do interior. Ro aceita a proposta e se torna sócia de Andrew, o reservado amigo de Tom, e conhece novos amigos, capazes de mudar a vida dela para sempre. Uma história leve e divertida sobre sentimentos feridos e mal-entendidos, equívocos e perdões.
Leitura fluída, mas nem tão engraçada assim.
Então gente, confesso que o que me atraiu nesse livro foi o porquinho da índia na capa, e claro, a promessa de uma história bem leve para sair da ressaca literária. Mas será que a obra cumpriu o seu propósito despretensioso? É o que vamos descobrir.
Após ser abandonada no altar, Rosalind Shaw perde completamente a vontade de fazer qualquer coisa, afinal a vida tinha deixado de fazer sentido depois de tanta humilhação.
Mas as coisas mudam de uma hora pra outra quando seu amigo Tom avisa que Andrew, proprietário de uma loja de livros em uma pequena cidade interioriana, está precisando de uma sócia para os negócios.
Cedendo por conta da pressão insistente de Tom, Rosalind acaba aceitando a proposta, e, sem se dar conta disso, inicia um recomeço que promete novas amizades.
Apesar da escrita fluída e até simples de Jo Platt, percebe-se que houve um esforço da autora para tentar abordar a depressão e a forma com a qual a doença se manifesta: silenciosamente. Rosalind, devido ao grande trauma que foi ser deixada no altar, vai se isolando cada vez mais de tudo e todos, tanto pela vergonha quanto pelo choque (afinal, uma vida de casada estava sendo planejada).
“Quando estacionei do lado de fora, meus pais estavam no acesso à garagem para me receber e Celia acenava como louca da janela da sala de estar. Confrontada com tanto carinho, engoli em seco e cerrei os punhos, decidida a não chorar.”
Mas a melhor coisa do mundo é ter amigos verdadeiros, né gente? E nesse sentido Tom se mostra fundamental para levantar o moral de Ro, que vai parar uma cidade completamente desconhecida e passa a conhecer os seus colegas de trabalho, Adrew, George e Joan.
“Sentei com os braços cruzados. Simplesmente não podia dizer a esse homem à beira do abismo, desesperado pelo perdão da mulher, que não, eu não havia perdoado O Rato e nunca o perdoaria.”
Os funcionários da loja são muito bem construídos, e aos poucos o leitor tem a oportunidade de conhecer um pouco de cada um. Confesso que minha personagem favorita foi Joan, aquele tipo de senhorinha que a gente AMA conversar, sem contar que a anciã também nos faz rir com diálogos hilários e suas excentricidades.
“Levantei-me, liguei a chaleira e esfreguei a testa. Meu Deus, essa era de fato a mãe de todas as ressacas; minha cabeça latejava e eu ouvia até mesmo uma campainha.”
E falando em partes cômicas, acredito que aqui reside um ponto negativo da obra. Tudo bem que nem tudo é ruim (como eu acabei de mencionar, adorei a Joan), mas senti que Platt forçou MUITO algumas situações para causar constrangimentos para a protagonista (que pasmem, já tinha passado por um grande transtorno) e isso acabou me incomodando no decorrer da leitura.
“Embora nunca tenha pensado em comprar um animal de estimação, eu sentia verdadeira afeição por Mr. Edward e passava mais tardes do que o necessário limpando sua nova gaiola e a roda de correr, depois sentada com ele no colo, fosse na cozinha ou no que se aproximava a um gramado, não exatamente alegre, mas longe de me sentir infeliz.”
Romance? Claro que temos, e até rola um certo mistério até o final, pois a autora sabe como nos fazer ficar em dúvida e questionar: será que vai acontecer mesmo? O desfecho soou bem acelerado, mas não tinha história suficiente também para ficar estendendo, então dá pra relevar.
“O que deixei de avaliar naquele momento foi que a contínua melhora em minha perspectiva e circunstâncias não havia, ainda, sido ameaçada por desafios reais, decorrentes de qualquer tipo de pressão pessoal, financeira ou profissional – minha família e amigos haviam se certificado disso.”
Sendo assim, Lendo de Cabeça Pra Baixo se configura como uma obra neutra, que não possui nada em excesso. Sabendo conduzir uma boa história sobre depressão e recomeços, a autora peca um pouco no humor desnecessário, porém a leitura ainda consegue nos prender.
Até a próxima resenha!
Eu já algumas resenhas sobre esse livro. Acho que a única intenção dele seja a de entreter e pelo que pude entender, mesmo com os exageros, há sim, essa função bem desenhada!
ResponderExcluirJá fiquei curiosa demais com Joan, eu amo senhorinhas espirituosas assim e sim, já quero muito ler o livro se puder!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Faço das suas palavras as minhas Alisson.
ResponderExcluirAchei que Lendo de Cabeça Para Baixo seria um chick lit bem divertido, estilo Sophie Kinsella mas não foi bem assim...
Fluiu bem, curti A história, amei o porquinho da Índia mas pra mim ficou a sensação de que ficou faltando algo....
Olá,
ResponderExcluirTinha ficado curiosa para ler esse livro depois de ver essa capa, mas agora com essa resenha me desanimei um pouco :/
Apesar disso parece ser bem legal e leve a leitura.
Beijos
Olá Alison
ResponderExcluirA impressão que tenho é que A autora não tem aquele talento para escrever cenas de comédias.e bem difícil um autor que tem aquele humor na medida certa .
Mesmo sendo uma leitura bem clichê com situações forçadas ( nós os leitores sabemos reconhecer isso ), acho que o livro deve valer uma leitura .
Alison!
ResponderExcluirTem escritor que abusa do humor cáustico que pode ferir, né?
Amo personagens como Joan, senhorinhas que usam da sua experiência para ajudar outros que precisam.
Acredito que pelo fato de tratar de um tema importante e sério, podemos aprender um pouco mais e só isso vale a leitura, mesmo com suas resalvas.
cheirinhos
Rudy
Quando digo que gosto de obras leves pra sair de uma ressaca, não necessariamente é uma obra sem nada demais HAHAHA Acho que você conseguiu transmitir o que sentiu com a leitura de uma forma bem tranquila pra gente. Não é algo que eu leria hoje, mas já fiz muitas leituras assim e gosto.
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirJá li outras resenhas de leitores que também acharam raso.
Uma pena né porque a sinopse promete um livro divertido e gostoso de ler.
Tenho ele no kindle, mas acho que não lerei.
Bjs
Olá! Ahhh que esse livro também me ganhou pela capa, mas pelo jeito é melhor eu diminuir um tantinho minhas expectativas em relação a leitura, e mesmo com as ressalvas, quero sim conhecer os infortúnios (que não serão poucos) da nossa protagonista.
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