Pequenas Realidades - Tabitha King

22 de abril de 2020

Título: Pequenas Realidades 
Autor: Tabitha King
Páginas: 320
Ano: 2019 
Editora: DarkSide® Books.
Gênero: Ficção, Literatura Estrangeira, Terror
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: Se tem uma história que todo fã de terror já ouviu é como Carrie, a Estranha — livro de estreia de Stephen King, que deu um novo fôlego à literatura de suspense ao ser publicado, em 1974 — foi recuperado de uma lata de lixo. O que talvez nem todos saibam é que a pessoa responsável por salvar o livro de seu destino cruel foi Tabitha King, a mais nova Dama do Terror da DarkSide® Books.
Ela encontrou algumas páginas amassadas, leu tudo e pediu para que ele continuasse. Não restam dúvidas: Tabitha King tem olho para boas histórias. E chegou a vez dos darksiders conhecerem os universos que habitam a mente desta grande escritora.
Preparar uma edição à altura da dama Tabitha King está nos planos da Caveira desde os primórdios do nosso império do terror. Mas cada acontecimento especial tem sua hora para chegar. E este sonho virou realidade.
Publicado no Brasil na década de 1980 em uma coleção de terror e fantasia, Pequenas Realidades viveu mais de trinta anos em sebos e prateleiras empoeiradas. Carregado de sutilezas, bizarrices e ferocidade, o livro carrega em seu cerne uma fascinação que fez parte da infância de muita gente: miniaturas. Casas, móveis... e, por que não?, pessoas.
Neste livro, conhecemos a socialite Dorothy Hardesty Douglas, filha de um antigo presidente norte-americano, que vive na redoma de seu legado de sucesso. Entusiasta de miniaturas, ela possui uma réplica da Casa Branca, perfeita em seus mínimos detalhes. Ao conhecer um homem chamado Roger Tinker, que trabalhou para o governo em um projeto secreto, ela descobre uma maneira fantástica — e um tanto perturbadora — de decorar sua casinha.
Em uma trama que envolve relações familiares problemáticas e o mundo estranho e obsessivo das miniaturas, Tabitha King conduz o leitor por uma história grotesca e disfuncional. Não sabemos para onde os personagens vão nos levar com seus atos extremos, e a sensação fascina e aterroriza na mesma medida.
Tabitha King é uma autora interessada no psicológico de seus personagens — e mostra os contornos mais sombrios que podem habitar a mente de todos nós. No mês em que completa setenta anos, a voz cativante e original de Tabitha King chega para fortalecer ainda mais a linha DarkLove, que publica autoras poderosas e cheias de atitude.
Depois de devorar Pequenas Realidades, você nunca mais vai olhar para casinhas de boneca do mesmo jeito.




Resenha:

“Diante da vida, tudo parece pequeno.”

Pequenas Realidades, é um livro de terror, mais voltado para o aspecto psicológico, escrito na década de 70, por Tabitha King (sim, ela mesma musa e esposa do rei do terror Stephen King) já foi publicado no Brasil, anos atrás, porém dessa edição só tenho a dizer... Lamentável. E para os fãs do estilo, temos que agradecer ao selo Darklove da Darkside books, que esta fazendo um trabalho excelente para trazer vários livros escritos por mulheres para nós; com uma capa minimalista e que me conquistou o livro, está lindo. Arte, diagramação e uma excelente tradução.

Na narrativa vamos acompanhar um drama digno de um seriado com um misto de ficção cientifica, terror e pitadas de insanidades. Temos um grupo interessante de personagens que vão sendo apresentados um a um, e que a principio pode ficar um pouco confuso como todos se encaixarão na história, só que quando tudo vai progredindo vemos que todos tem um papel relevante para a historia.
Falarei brevemente apenas dos principais. Porque um detalhe da narrativa que apreciei foi o tom de que não sabemos de tudo sobre todos e que existem mais que não esta sendo revelado.



Temos Dolly, filha de um ex-presidente dos EUA – que é obcecada por algo... Anotem isso –, sua nora Lucy, mãe de dois filhos, viúva assim como sua sogra, e que trabalha criando miniaturas para venda. Em algum ponto suas vidas vão esbarrar em Roger, que trabalhava para o governo e acaba colocando as mãos em uma arma, capaz de ajudar Dolly em sua obsessão. Que é o que move toda a trama do livro.

Outros personagens serão cruciais na historia, mas como disse acima, deixo para que vocês se surpreendam com eles.

Foi um livro escrito em um contexto histórico que influenciou muito a trama, a época da guerra fria e da corrida armamentista, pode ser o pano de fundo, que embasa a possibilidade de um cientista ter desenvolvido uma experiência, tal qual Tabitha descreveu.



A trama possui alguns pontos que não me agradaram. Detalhes que considerei fraco, como o ritmo do inicio ao meio do livro, o fato dos capítulos serem longos, e as descrições minuciosas dos acontecimentos acabaram não fluindo bem quando colocados juntos.
Os personagens possuem personalidades um pouco bizarras, do tipo ou você adora, ou odeia, e apesar da tentativa de aprofundar o desenvolvimento deles, eu acabei não criando um elo com nenhum personagem.

Contundo do meio para o fim, a trama adquiriu outro ritmo, as apresentações dos personagens, suas motivações e contexto da historia já tinha sido realizados, e ação então ganha mais atenção.

A história toda te deixa simplesmente desejando saber como vai terminar tudo. A reviravolta no final do livro, me deixou muito satisfeita com o final. O que tornou a leitura para mim muito valida. a história possui umas coisas muito macabras e eu gosto muito desses detalhes sinistros.

O que eu indico é irem ler esse livro pelo prazer de ler algo do tema, e não esperando algo que a coloque no mesmo patamar dos outros Kings, a escrita de Tabitha é diferente do marido e filhos, o livro possui um terror psicológico e acredito que o final – um pouco sádico – foi proposital para criar um efeito nos leitores que os obrigassem a pensar no que aconteceria depois da ultima linha do livro.
Eu fiquei pensando.


Esse é o segundo contato com a escrita da autora, o primeiro não foi satisfatório, mas esse apesar de algumas falhas em minha opinião foi uma leitura interessante, com um tema, que eu não me recordo de ter lido antes.



E como podem ver, não entrei muito em detalhes sobre a trama em si. Porque algumas coisas causam um maior impacto assim.

Livro indicado para quem curte narrativas com um terror psicodélico e psicológico, para personagens humanos, e quando digo humanos, digo capazes de grandes atos de bondade e também, egoístas, manipulativos e cruéis.

Espero que tenham uma boa experiência de leitura e até a próxima.

6 comentários

  1. A gente lê o sobrenome e já associa ao Mestre, não tem como. Até acho que comparações são inevitáveis.rs infelizmente.
    Este livro da musa não foi muito bem aceito, e lendo acima, a gente até entende ou pensa que é coisa demais misturada. E isso muitas vezes, é mais como um tiro no pé.
    Eu ainda sinto vontade conhecer as letras dela, afinal, a dos filhos do Mestre são lindíssimas(dignas de assinarem o sobrenome do pai)
    Só não irei com expectativas quando ler!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Que chato que o livro possui aspectos negativos
    lendo a sua resenha tive a impressão de uma trama confusa ao menos no inicio
    Mas o importante é que mesmo com essas ressalvas que voce descreveu a leitura foi satisfatoria no final melhor para os fã desse familia KING
    Nao é um genero que eu gosto então deixo passar essa dica

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  3. Olá Vivian!
    Gente, nessa família todo mundo é escritor, é? E ainda por cima do mesmo gênero? Eu desconhecia de todos esse fatos, e também não fazia ideia de que Carrie era uma obrola do King. Quanta informação só na sinopse do livro! Pela sua descrição a história parece ser bem inusitada, e a reviravolta no final pode compensar o ritmo lento do início. Os livros da Darkside são maravilhosos, mas achei a capa desse muito simples para algo da editora.
    Beijos

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  4. Olá Vivian!
    Eu fico me perguntando o que seria da literatura se Tabitha King não tivesse achado aquelas folhas no lixo hahaha.
    Mas enfim, a autora aparentemente sabe como construir uma trama de terror psicológico, e embora o livro em si não seja muito comercial, tenho certeza que os amantes do gênero terão uma excelente experiência.
    Mesmo com esse ritmo inconstante, Pequenas Realidades consegue surpreender. Mas é notório que a autora apelou um pouco no final para esquentar mais as coisas.
    Beijos.

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  5. Vivian!
    Acho que estamos tão acostumados com o estilo do mestre que supomos que a esposa escreva da mesma forma, e, independente de qualquer coisa, cada escritor, é um escritor diferente e tem suaa forma de escrever.
    De qualquer jeito o estilo terror com personagens bem descritas, mesmo que do meio para o final, mude um pouco o encaminhamento do livro tenha sido diferente, ainda acredito que deve ser uma leitura interessante.
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Olá! Definitivamente a edição está lindíssima, mas também em se tratando da Darkside não poderia ser diferente, agora em relação a história... ai ai ai Yukito, já temos aqui um gênero que eu não sou lá muito fã e sinceramente o enredo não me prendeu não, acho que essa vai ser mais uma dica que eu passo, quem sabe mais para frente.

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