Semana Guardião: Entrevista com a Autora Mari Scotti

21 de agosto de 2015




Depois de conhecer algumas obras da autora, que tal conhecer um pouco mais dela?
Confira a entrevista com a autora Mari Scotti 
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1. Como você se descreve?
Persistente e tolerante. Acredito que seriam os melhores adjetivos para me descrever, porque sou bastante paciente em tolerar situações para alcançar aquilo que almejo e dificilmente desisto. Gosto do que faço e coloco toda minha paixão na escrita, porque desejo que as pessoas se apaixonem pela leitura, assim como eu.
Introspectiva. Alguns diriam que sou antissocial, mas a verdade é que sou reclusa. Gosto de ficar sozinha, de fazer as coisas ao meu tempo, mas por outro lado sou bem extrovertida. Sei que parece que me contradigo, mas é exatamente como sou. Em casa e com amigos mais íntimos ou no MSN onde sou menos tímida, sou bem brincalhona e sarrista. Também sonho demais, sonho o tempo todo: com meus personagens, com novos personagens, com possibilidades. Sou também muito amiga, se alguém precisa de mim e tenho como ajudar, ajudo e quando não tenho como ajudar, tento dar um rumo para que a pessoa encontre uma solução.

2. Qual o significado dos livros na sua vida?
Sempre amei ler e isso me aproximou bastante da minha mãe quando era menina, porque ela que me ensinou a escrever meus primeiros textos. Mais adulta, escrever me tirou de uma situação bem complicada, estava com depressão, desistindo de tudo, me afastando da família, amigos, pessoas importantes para mim. Quando percebi, me foquei em algo que eu amava fazer e acredito muito que foi Deus que me direcionou a isto. Reencontrei meu rumo, alegria e escrever me ajudou a vencer muitas dificuldades pessoais. Então posso afirmar que os livros e Deus me salvaram muitas vezes.

3. Cite 3 autores e livros favoritos.
Amo Crepúsculo e A Hospedeira e a narrativa da Stephenie Meyer. Costumo dizer que não os filmes, mas os livros, porque ela sabe como envolver o leitor em cada sentimento que o protagonista vive.
A Denise Flaibam com Os Mistérios de Warthia. Este foi um dos únicos livros de fantasia nacional que me conquistaram completamente. Sou fissurada por esta série.
E a Keila Gon. Ela sabe como criar um mistério sobrenatural envolvente, instigante e tão palpável que as vezes parece ser capaz de se tornar realidade. O livro: Cores de Outono e Sombras da Primavera da série Cores.

4. Quando você começou a escrever e por quê?
Comecei a escrever entre dez e doze anos de idade, mas minhas histórias não eram legais não. Vejo essas meninas que publicam tão novinhas e fico pensando que eu era bem atrasada nessa idade, não sabia formar frases direito, menos ainda personagens! Fico admirada com quem consegue.
Gostava de ler muito e chegou um momento que eu não tinha mais o que ler na biblioteca da escola e comecei a reclamar com a minha mãe. Ela me apresentou um livro que estava escrevendo. Achei tão incrível que minha mãe escrevia que quis imitar. O livro que ela escreveu, na época, conseguimos publicar a pouco tempo e se chama Uma Janela Fechada.
Esse desejo reascendeu depois que li Crepúsculo e descobri qual era o meu estilo preferido de escrita: fantasia. O desejo de publicar veio depois de conhecer a escritora nacional Nazarethe Fonseca, pois vi que existiam escritores no Brasil tão incríveis quanto os que eu gostava estrangeiros.

5. Você é muito envolvida com projetos de reconhecimento e divulgação da literatura nacional com a fanpage Literatura Nacional BR e seu Blog Coração de Papel. Como avalia o cenário da literatura nacional atual?
Cada pequena ação, seja de um blogueiro ou vários, seja de um autor ou todos, ou apenas de um leitor que decide por um livro nacional ao invés de outro, muda nossa situação atual. Há dois anos, quase não se ouvia falar em escritores nacionais – salvo os já renomados. Hoje, vemos muitos dando entrevistas, sendo chamados para eventos, sendo lidos, além de algumas editoras que abriram mais as portas para os brasileiros que possuem esse talento. Eu acredito que é o começo, é árduo, demorado, doloroso, mas em alguns anos teremos o prazer de ver em destaque nas livrarias mais livros nacionais que os estrangeiros, assistiremos filmes baseados em nossas criações e veremos leitores preferindo o que é nosso ao que vem de fora, porque saberão que é tão bom quanto, se não melhor. Fico muito feliz de fazer parte disso, dessa mudança, de ter algum papel, mesmo que mínimo, na conscientização dos leitores, editoras, mídia, entre outros, de que o nacional também tem voz e letra.

6. De onde surgiu a ideia para Insônia e Hibrida?
Ambos os livros eram fanfics que eu publicava no site de Fanfics e alguns personagens eram inspirados na Saga Crepúsculo.
Híbrida: Um dia surgiu uma pergunta na minha cabeça: O que aconteceria com a rixa entre lobisomens e vampiros, se os lobisomens tivessem de criar uma criança vampira ou vice-versa? Da pergunta nasceu a Ellene e toda a trama da série, como de onde ela vem, o motivo de ter sido deixada entre os lobos e também Milosh, o vampiro que teve sua esposa e rainha sequestrada e que precisa descobrir onde ela está, quem é o traidor e como salvar sua espécie do caos eminente.
Insônia: Insônia era para ser um romance somente, comecei a escrever por causa de um amigo rpgista que se intitulava Eros. Criávamos cenários e histórias diversas e na maioria das vezes ele me contava as melhores. Sempre fiquei abismada com a criatividade dele em contar histórias e decidi que dedicaria um personagem a ele. Criei os dois primeiros capítulos de Insônia, porém não consegui continuar, porque meu forte é a fantasia. A história ficou abandonada por três anos até que relendo tive um clique: E se o Pietro não fosse apenas humano? E se tivesse algo mais por trás dessa aparição? Foi assim que a série nasceu.

7. Vemos que se tornou algo viral, escritores de fanfics publicando livros, como você avalia essa transição?
Depende muito do autor. Alguns têm a preocupação de mudar a característica dos personagens, lugares e situações para que não lembre os personagens que o inspirou, mas infelizmente, a maioria, não faz isso.
Acho louvável o escritor que se preocupa em dar aos seus leitores algo realmente original, com personagens que, mesmo sendo de uma ex fanfic, sejam criações de sua mente, do seu coração de escritor.
Eu sou a primeira a apoiar quem escreve fanfic a se arriscar a escrever um livro, mas desta forma, buscando tirar as características dos personagens de outro escritor de seu livro, readaptar a história, complementar descrições, melhorá-la.

8. Algum dos personagens do seu livro foi inspirado em você? Ou em algum amigo, familiar, etc?
Quando começamos é sempre melhor escrever o que conhecemos, e para criar alguns personagens precisei olhar para a minha família, nossa criação e convivência. A Ellene e a Suzanna têm muito de mim, principalmente na forma de enxergar o mundo com inocência demais. Na época eu não conhecia nem livro erótico por exemplo, e a falta de conhecimento da vida fica um pouco evidente na forma que narrei os dois primeiros livros (Insônia e Híbrida). Conforme fui amadurecendo, a escrita também amadureceu e hoje consigo separar bem mais o personagem das minhas influências pessoais.
A Ellene tem uma característica bem pessoal minha: medo de insetos.
As famílias também possuem muito da minha: a união, as brincadeiras, a cumplicidade e o amor.

9. Quais os próximos projetos?
Finalizar as duas séries são meus projetos mais urgentes, me dedicar ao lançamento de Guardião que está próximo e a alguns romances que finalizei e preciso amadurecer a escrita. Se tudo der certo, um destes romances será publicado em 2016. Assim espero!

10. Deixe um recado para os seus leitores.
Primeiro quero agradecer a todos os blogs que se apresentaram para a parceria da primeira edição de Híbrida, por apoiarem a Semana Neblina e Escuridão e a todos os autores nacionais. Sem vocês, muito do que conquistamos não teria sido alcançado.
Aos leitores: muito obrigada! Espero que tenham gostado da entrevista e que busquem conhecer um pouco mais dos livros. Boa leitura a todos!

Com carinho, Mari Scotti





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