O Último Elo Mortal - As Crônicas do Trono de Pedra Bruta, 3 - Brian Staveley

2 de julho de 2021

Título:
 O Último Elo Mortal - As Crônicas do Trono de Pedra Bruta, 3
Autor: Brian Staveley
Páginas: 736
Ano: 2019
Editora: Novo Século
Gênero: Fantasia 
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: O Império Annuriano está perdendo uma guerra em duas frentes – e não está claro quem o comanda. Adare, no coração da tempestade, reivindica para si o título de imperador. No entanto, ela não pode conter os implacáveis urghuls sem apoio. A profetisa de Intarra, atormentada pelo que fez ao irmão Valyn, precisa de seu brilhante general, Ran il Tornja, mas a lâmina da traição paira rente e afiada sobre sua pele. Além disso, é praticamente impossível se antecipar às hábeis estratégias do milenar comandante, agora desmascarado como assassino do pai dela e remanescente de uma raça antiga, que tentou há muito destruir a humanidade. Gwenna, Talal e Annick, os kettral remanescentes, precisam lidar com um desafio letal: voltar às Ilhas Qirins, onde foram treinados, e expurgar de lá um terrível mal que se instalou e está ceifando vidas. Kaden, verdadeiro herdeiro do Trono de Pedra Bruta, enxerga na república uma maneira de salvar seu povo dividido. Mas ele enfrenta algo mais terrível do que a guerra ou mesmo il Tornja: deuses caprichosos caminham pela terra dentro de corpos humanos e precisam ser libertados antes que alguém mate seus hospedeiros – ou aquilo que se conhece como humanidade deixará de existir.

Resenha:

Poderia ser muito melhor! 

Para ler as resenhas anteriores, clique nas imagens abaixo:



*Esta resenha pode conter spoilers dos livros anteriores*

Nesse desfecho teoricamente eletrizante das Crônicas do Trono de Pedra Bruta, Adare, agora a imperadora de Annur, se vê sem outra opção a não ser se aliar com Ran Il Tornja para impedir que os urghuls invadam a capital. Porém, o comandante (e assassino do seu pai) se mostra completamente imprevisível, além de estar envolvido com um plano secular para acabar com a humanidade. 

Do outro lado do império, os amigos de Valyn, que agora são kettrals renegados, precisam voltar às Ilhas Qirins para destronar um líder que se intitulou dono do pedaço.

Quanto a Kaden, o herdeiro do trono, as decisão de transformar o império Annuriano em uma república pesa para salvar a todos, ao mesmo tempo que deuses dentro de hospedeiros humanos precisam ser libertados antes que sejam mortos nas mãos do inimigo. 

*Fim dos spoilers*

Considerando os acontecimentos chocantes do livro anterior, em especial no que se refere ao arco de Triste (que foi imensamente desperdiçada aqui), as minhas expectativas para O Último Elo Mortal eram MUITO altas, mas eu simplesmente não sei o que aconteceu com o autor, pois o final deixou bastante a desejar.

"O sangue ainda corria dos cortes em seu rosto e couro cabeludo quando Adare irrompeu pelas portas da câmara do conselho. Pelo menos, a intenção dela era irromper."

O grande problema aqui reside na decisões completamente infundadas dos protagonistas. Adare, que foi a minha personagem favorita nos volumes anteriores, está muito instável, e confesso que achei a protagonista muito irritante. 

"Eles haviam encontrado uma maneira, quando criaram os Atmani, de manter os feiticeiros humanos vivos por um tempo muito longo. Vivo, no entanto, não era o mesmo que jovem."

Tudo bem que considerando toda a situação com Ran Il Tornja era até compreensivo que ela desconfiasse de tudo e todos, mas o fato de Adare ficar duvidando do próprio irmão (Kaden super sensato) me deixou sem paciência durante boa parte do livro. 

"Embora o mundo permanecesse implacavelmente escuro para os olhos cheios de cicatrizes de Valyn, ele podia sentir o vento frio, afiado sobre a pedra da montanha e brilhante como o gelo."

Já o plot de Kaden com Triste foi algo que funcionou muito bem, embora, como eu já mencionei, o interesse amoroso do herdeiro pudesse ter um desenvolvimento bem mais aprofundado. Gostei da jornada dos dois personagens, sem contar que Staveley conseguiu inserir mais ambientações para expandir do que já tínhamos visto do império annuriano. 

"Um bom ladrão, ela sempre acreditou, seria discreto, esquecível, sem graça como um muro de pedra, uma criatura de dedos rápidos e roupas velhas."

Outro ponto positivo foi o grande protagonismo de Gwena, que praticamente tomou o lugar de Valyn depois das cenas finais do segundo volume. A kettral teve uma construção bem gradual ao longo da trilogia, e quando chegamos no terceiro livro só queremos abraçar essa guerreira destemida.  

"Kaden podia se lembrar perfeitamente do seu primeiro encontro com Triste. Seus olhos eram nítidos e claros, brilhantes como as flores da selva abrindo-se ao sol ao redor dele agora."

Mas gente, e o que dizer da "batalha final" envolvendo Ran Il Tornja e os outros deuses? Um show de conveniências, e houve tantas inconsistências que em algumas cenas eu simplesmente não entendia o que estava acontecendo. O vilão da história, que era super poderoso, é derrotado de uma forma bem boba que eu tive que ler duas vezes para confirmar se era só aquilo mesmo.

"O som trouxe de volta a lembrança da visão: da corrente do rio quebrando-se contra pedras de tamanho de casas no leito rochoso, jogando o borrifo da água a quinze metros de altura."

Devo dizer, contudo, que mesmo o terceiro volume sendo fraco se comparado aos seus irmãos, a trilogia continua sendo uma excelente fantasia, que com certeza deve satisfazer quem procura algo original. Dessa forma, O Último Elo Mortal prova que nem sempre o que começa bom termina bom, mas o importante é aproveitar os pontos positivos, que são muitos.

Até a próxima resenha! 

12 comentários

  1. O teoricamente eletrizante já me deu uma pista de que o desfecho ficou aquém das suas expectativas e da grandiosidade dos outros três livros.
    Mas é o que você falou nada que tire o brilho da história

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  2. Que pena que o desfecho da trilogia não foi tão bom quanto se era esperado!
    Acredito que tenha tido ação demais nos dois volumes anteriores e o autor esqueceu de deixar um pouquinho para o último livro rs
    Mas mesmo assim, por ser fantasia, por amar muito o gênero, é uma trilogia que vou guardar como dica para ler em breve!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Olá! Mas gente, como assim não teremos um terceiro livro de tirar o folego, já estou tão acostumada em termos no terceiro livro o favorito da vez, que confesso que rolou uma decepção por aqui, nada que me tire a vontade de ler o livro, mas que definitivamente vai voltar ele para o final da lista (risos).

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  4. Dá uma tristeza quando você tá esperando tantooo por um final e não é bem aquilo que você queria ne? Mas é isso, acho que são poucos livros que eu já li, se tratando de fantasia, que conseguem manter um nível bom até o final, por incrível que pareça.
    Não me lembrava muito bem das outras resenhas, tive que ir dar uma espiadinha. Vou procurar mais resenhas desse livro, eu sempre leio umas três ou mais resenhas quando quero iniciar algo, achei bem interessante, mas o final me deixou meio alerta.

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  5. Olá
    Uma pena que o terceiro livro deixou a desejar e que certos personagens ficaram um pouco irritantes .tem também tida essa questão da expectativa que a gente coloca em determinado livro .e no final ficamos decepcionados.

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  6. Olá,

    Triste que o final não foi tão legal quando toda a série, muito ruim quando isso acontece.
    Sempre fico me perguntando porque o autor ou a autora mudar os personagens no final da série, sendo que passamos tanto tempo acompanhando. Não era melhor ter mudado antes?

    beijos

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  7. Alison!
    Bem frustrante quando esperamos muito de um livro, ainda mais quando é o fechamento de uma trilogia e algumas coisas ficam em suspense ou não tem um desfecho como esperávamos.
    cheirinhos
    Rudy

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  8. Oii Alison
    Eu não conhecia essa trilogia, mas fiquei interessada na trilogia. É uma pena que o desfecho deixou muito a desejar, e que a protagonista te irritou. Mas fiquei com vontade de ler, porque mesmo com tudo isso você acha a trilogia toda muito boa.

    Bjss ^^

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  9. Oiiie,
    Não conhecia essa fantasia e pelo que vi é série e ultimamente preciso terminar as que tenho iniciada antes de começa outra. Fiquei um pouco curiosa por essa, talvez eu leia em alguma momento. Precisarei ler sobre o primeiro volume para ficar sabendo mais sobre a historia.

    Beijocas:
    Tempos Literários

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  10. Oi,
    Que pena que o final não foi tão bom.
    Pois parece ser uma fantasia bem eletrizante, de nos fazer virar a noite lendo.
    Quero ler o primeiro.
    Bjs

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  11. O final realmente decepcional, parecia que era um livro 2 e não três. Porém já vi que em inglês já tem o primeiro livro de uma nova trilogia, deve ser por isso a forma ruim de acabar.

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  12. É incrível que tudo ocorreu por causa da Adare fazer péssimas escolhas, ela não tem a minima competencia para ser o Imperador, tudo que deu de errado me pareceu vir dela.

    Por um momento achei que o Kaden e a Triste poderiam tomar o lugar dos deuses.

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