Autor: Christopher Paolini
Páginas: 643
Ano: 2006
Editora: Rocco Jovens Leitores
Gênero: Aventura, Fantasia, Ficção, Infantojuvenil
Sinopse: Eldest acompanha o amadurecimento do jovem guerreiro protagonista da história. A narrativa começa três dias após a cruel batalha travada por Eragon para libertar o Império das forças do mal. O Cavaleiro de Dragões se vê envolvido em novas e emocionantes aventuras. Em busca de um tal Togira Ikonoka, O Imperfeito que é Perfeito, que supostamente possui as respostas para todas as suas perguntas, Eragon parte, junto com Saphira, o dragão azul que o acompanha desde o início da aventura, para Ellesméra, a terra onde vivem os elfos. Lá, eles pretendem aprender os segredos da magia, da esgrima e aperfeiçoar o seu domínio da língua antiga.
Resenha:
“Aqueles que nós amamos normalmente são os seres mais estranhos para nós.”
Eldest, é o segundo livro do Ciclo da Herança do autor Christopher Paolini, publicado no Brasil pela Editora Rocco, no selo Rocco Jovens Leitores.
Essa resenha faz parte de uma série e pode trazer spoilers do primeiro livro, Eragon, do qual já temos resenha aqui no blog. Caso queiram saber um pouco mais da minha experiência literária lendo ele,
Basta clicar na imagem abaixo:
O ciclo da Herança é uma das fantasias que mais gosto e por isso resolvi trazer as resenhas dos livros para que mais pessoas possam conhecer eles.
Em primeiro momento Paolini pretendia escrever uma trilogia, de tal modo que Eldest foi escrito como um livro de transição entre o início da jornada de herói de Eragon e uma conclusão que deveria vir em Brisingr.
Contudo, já falo aqui que no terceiro livro o autor mudou os planos um quarto foi acrescentado.
Mas eu até hoje julgo Eldest como um livro de transição, pois é exatamente isso que ele é!
“As canções dos mortos são os lamentos dos vivos.”
No primeiro livro conhecemos Eragon, um jovem de 15 anos que misteriosamente teve sua vida alterada ao ser escolhido como um cavaleiro de dragão por Saphira, um Bebê dragão ainda em seu ovo.
O mundo de Eragon é repleto de magia, seres míticos e lendas. Mas também é um mundo difícil, onde as pessoas lutam para sobreviver ao reinado de Galbatorix, um tirano.
Saphira ao nascer se tornou uma potencial inimiga do Galbatorix, ou ela se uniria a ele ou ele iria a destruir.
Por causa disso a aldeia de Eragon é atacada, ele é ferido e seu tio morre.
Saindo em busca de vingança, Eragon tem ajuda de Bron um misterioso homem que sabe muito sobre os lendários dragões e seus cavaleiros e se torna mentor do garoto e de Saphira enquanto fogem em busca de aliados.
Muitas coisas acontecem e no final do primeiro livro, Eragon está em uma posição extremamente delicada. Vence uma batalha, mas está muito ferido, perdeu pessoas muito importantes e está no meio de uma disputa política.
Diversos grupos se reúnem em uma resistência contra o reinado tirânico e esperam que ele se torne o cavaleiro de dragão deles e lute pela liberdade dos povos.
Mas Eragon mais do que nunca sabe que não tem poder para enfrentar o rei e seu poderoso dragão e está ciente de que não sabe nem um décimo de tudo o que deveria saber. Por isso em Eldest ele segue um chamado e vai atrás de aprendizado e respostas.
“Todo mundo morre sozinho, seja você um rei no campo de batalha ou um camponês junto de sua família, ninguém pode acompanhá-lo quando você morre.”
O livro é maior que o primeiro e sua narrativa é um pouco diferente. Primeiro existe um amadurecimento da escrita de Paolini, onde ele acrescenta novos pontos de vistas e narrativas, mas por outro lado ele se demora muito em alguns pontos.
Em uma fantasia é comum termos uma jornada de herói que incluem sim treinamento, os jovens nunca sabem nada a princípio! Mas não vejo porque descrever tudo e por tantas e tantas páginas. O livro responde bastante algumas questões nesses momentos, mas também se torna um pouco monótono, as narrativas centradas em outros personagens são muito mais empolgantes e prendem nossa atenção, do que Eragon aprendendo sobre formigas! Ou os dramas já clichês de garoto apaixonado e etc.
“É bem melhor ser ensinado a pensar de forma crítica e poder tomar suas próprias decisões, do que ter as noções de um outro alguém jogadas nas suas costas."
Graças a Merlim, temos narrativas secundárias com Roran, Nasuada e outros líderes que estão lutando por vingança ou justiça enquanto Eragon tenta se tornar um cavaleiro de Dragão melhor!
E é apenas nas últimas 100 páginas que o autor se redimi e entrega uma narrativa empolgante com o nosso herói!
Isso torna o livro ruim? Não, existe realmente altos e baixos, mas no geral eu ainda gosto muito desse livro e dos personagens, como eu disse novos personagens com pontos de vista se juntam a Eragon e isso amplia muito a narrativa, tornando a trama mais complexa e podemos apreciar as manipulações e segredos que envolvem a trama.
Também somos presenteados com um aprofundamento das raças mágicas dos livros e aqui Paolini escreveu complexas estruturas de poder e política para cada grupo: elfos, anos e os Vardens são de grande importância na narrativa e temos bastante deles nesse livro.
“Ninguém pensa em si próprio como vilão e poucos tomam decisões que julgam ser erradas. Uma pessoa pode não gostar de sua escolha, mas a defenderá o tempo todo porque acredita que é a melhor opção disponível no momento."
Eldest, é claro poderia ter mais aventura e mais do Dragão Vermelho maravilhoso de sua capa! Até porque ele é ligado a um personagem que amo e tem todo meu coração!
Queria mais deles obviamente!
É um livro que recomendo ler com calma e sem muitas expectativas, serve como um livro bem elaborado de transição e o final nos faz ficar ansiosos pelo próximo!
Até a próxima!
Ps: Saphira não é mais a única criatura mágica maravilhosa nesse livro mas ainda é a mais bem humorada de todas 🖤🖤🖤🖤